Mãe e filho que invadiram casa e mataram duas pessoas são presos em MT

A mãe e o filho suspeitos de invadir uma casa e matar duas pessoas a tiros no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (MT), foram presos na tarde desta terça-feira (23).

O que aconteceu

Inês Gemilaki e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz eram procurados após o crime, ocorrido no domingo (21). Os dois foram gravados atirando nas vítimas e depois flagrados comprando bebidas durante a fuga.

Mãe e filho foram presos em uma fazenda da família a 180 quilômetros de Peixoto de Azevedo. O local, segundo a Polícia Civil, é de difícil acesso e tem mais de 85 quilômetros de estrada de chão.

A Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão preventiva (por tempo indeterminado) contra eles. Os mandados contra a dupla, apontada como os autores do duplo homicídio, foram decretados pela Justiça após pedido da delegada Anna Paula Marien, responsável pelas investigações.

Inês e Bruno foram conduzidos para a Delegacia de Peixoto de Azevedo, onde serão interrogados ainda nesta terça-feira (23).

Prisões ocorreram após advogada da família procurar a Polícia Civil. A defensora afirmou que os suspeitos tinham a intenção de se entregar e pediu que os policiais fizessem o acompanhamento dela até a fazenda onde mãe e filho estavam para o cumprimento dos mandados e conduzi-los até a delegacia.

"Eles [mãe e filho] se entregaram e não houve resistência", disse a delegada. "As investigações continuam para que todas as diligências sejam feitas e todos os elementos de informação sejam reunidos e encaminhados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário." Os presos são apontados pela Polícia Civil como responsáveis pelos dois homicídios, duas tentativas de homicídio e associação criminosa.

As armas de fogo e uma caminhonete Ford Ranger, usadas no crime, não foram encontradas na fazenda.

Ao UOL, a advogada Angelita Kemper, defensora de Inês e Bruno, afirmou que a dupla estava à disposição da Justiça desde a segunda-feira (22), por meio da defesa, com documento protocolado nos autos. A defensora também informou que não irá se manifestar sobre o caso.

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Polícia prendeu dois suspeitos nesta manhã

Mais cedo, a polícia havia prendido dois homens envolvidos na ação. Márcio Ferreira Gonçalves, que era procurado por envolvimento no crime, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues, que confessou participação no assassinato, foram detidos na manhã de hoje em uma residência no município de Alta Floresta (MT). Márcio é esposo de Inês Gemilaki e teria dirigido carro que apoiou a fuga dela e do filho após o crime.

Polícia não suspeitava de Eder, que confessou a participação na ação criminosa. Ele disse que entrou na residência com Inês quando ela cometeu os assassinatos enquanto o irmão os esperava no carro. A polícia acreditava que o homem gravado na ocasião era Márcio e não sabia da participação do irmão dele.

O UOL tenta localizar a defesa de Márcio e Eder. Os dois foram levados à Delegacia de Alta Floresta e a polícia solicitou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) também foi procurado para saber se os dois passaram por audiência de custódia. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

Relembre caso

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Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki Dal Poz mataram dois idosos após chegarem atirando. Os atingidos pelos tiros faziam parte de um grupo de oito pessoas que estavam no local para um almoço.

Mãe e filho atiravam "de forma indiscriminada". Eles não deram nenhuma chance de defesa ou fuga para as vítimas, ainda de acordo com a polícia.

Três pessoas foram atingidas. Pilson Pereira da Silva, 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, 68 anos, morreram no local. Nas imagens, é possível ver quando a mulher entra na casa e atira em um idoso que está escondido atrás do sofá.

A terceira vítima é um padre da cidade. Ele precisou passar por uma cirurgia, mas está bem.

Suspeitos registraram BO contra proprietário da casa horas antes do crime. O alvo dos criminosos não foi atingido pelos disparos, segundo a delegada Anna Paula Marien. Ele ficou ferido por alguns estilhaços de vidro no local.

A família de Inês tinha dívidas com o homem, diz a polícia. "A suspeita locava o imóvel do proprietário e, ao sair, deixou algumas dívidas, o que gerou uma ação judicial. A partir daí, houve várias discussões e desentendimentos entre eles, o que resultou nesse crime bárbaro." As apurações ainda indicaram que o alvo dos criminosos teria feito ameaças públicas contra os investigados.

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