Após alianças frustradas, PSOL do Rio terá coronel da PM como vice
Resumo da notícia
- Partido tentou firmar composição inédita com o PCdoB
- Não houve consenso no PSOL para parceria com o PT
- Chapa será anunciada hoje em convenção do partido
O PSOL tentou, mas não conseguiu formar uma aliança inédita com outro partido progressista para concorrer à Prefeitura do Rio nas eleições deste ano. Após fracassar nas tentativas de uma aliança com o PCdoB nos últimos dias e descartar uma chapa com o PT, cogitada no começo do ano, a sigla irá anunciar uma chapa "puro sangue" em convenção virtual do diretório municipal, na noite de hoje.
A deputada estadual Renata Souza, confirmada como pré-candidata desde junho, vai encabeçar a chapa. O vice será Ibis Pereira, coronel reformado da PM-RJ (Polícia Militar do Rio) filiado ao PSOL há dois anos. Conhecido como um policial defensor dos direitos humanos e da luta antirracista, Ibis chegou a comandar a corporação entre novembro de 2014 e janeiro de 2015.
Renata, que já atuou como chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco, morta a tiros na noite de 14 de março de 2018, hoje preside a Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). As duas foram criadas no Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte do Rio. Mônica Benício, viúva de Marielle e candidata a vereadora pelo PSOL, também participará da convenção virtual.
Nos últimos dias, Renata recebeu ligações da deputada federal Benedita da Silva (PT), segundo fontes ouvidas pelo UOL. Apesar de ter anunciado candidatura própria em julho, Benedita ainda estaria disposta a dialogar para a formação de uma coalizão de esquerda.
Entretanto, o PSOL apostava as suas fichas na formação de uma chapa encabeçada em parceria com o PCdoB. Se a coligação fosse confirmada, a deputada estadual Enfermeira Rejane, pré-candidata à Prefeitura do Rio pelo PCdoB, seria vice na composição.
"Estamos em um amplo diálogo com o PCdoB", chegou a dizer Renata Souza.
O PSOL inclusive ofereceu o apoio do deputado federal Marcelo Freixo —candidato à Prefeitura do Rio em 2012 e 2016 —para firmar a aliança. Ele também poderia apoiar candidatos a vereador do PCdoB com a coalizão, mas o PSOL não conseguiu convencer a sigla a firmar a aliança.
Articulação frustrada entre Freixo e PT
Não é a primeira tentativa de coligação do PSOL para as eleições municipais do Rio. O partido chegou a articular uma aliança com o PT, frustrada após a desistência da candidatura de Marcelo Freixo, em maio. A ideia era ter uma composição com Freixo e Benedita.
Mas a resistência de membros do PSOL do Rio a uma coligação com o PT começou a colocar em dúvida à própria candidatura do deputado federal, que anunciou em seguida a desistência do pleito.
Reuniões e aliança anterior
As lideranças do PCdoB no Rio participaram de reuniões pela internet para discutir o posicionamento no pleito. Ao UOL, o partido diz ainda manter a posição de apresentar uma candidatura própria. Mas confirma ter mantido diálogo com partidos progressistas.
PSOL e PCdoB, inclusive, já firmaram aliança na chapa para as eleições de São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral do Rio —a psolista Ana Cardinall entrou como vice na chapa encabeçada pelo pré-candidato Isaac Ricalde, do PCdoB.
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