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Após criticar Covas, Russomanno usa programa para atacar Boulos

Durante programa eleitoral, Russomanno ataca Guilherme Boulos - Reprodução/SBT
Durante programa eleitoral, Russomanno ataca Guilherme Boulos Imagem: Reprodução/SBT

Do UOL, em São Paulo

30/10/2020 17h14

Depois de usar seu programa eleitoral para criticar Bruno Covas (PSDB), atual prefeito de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) partiu ao ataque contra Guilherme Boulos (Psol), um dos candidatos que mais cresceu em cenários específicos do último levantamento Datafolha.

No vídeo exibido durante o horário eleitoral, Russomanno mostra os bastidores de uma reportagem que ocorreu dentro de um mercado em São Paulo. No programa, que defende os direitos do consumidor, Russomanno insiste em comprar a unidade de um papel higiênico, embalado em pacote de maiores quantidades.

"Oh Boulos! O senhor usou uma moça que aparece no meu programa para me atacar?", questiona Russomanno. "A verdade não foi assim". Em seguida, o candidato exibe cenas conversando em tom amistoso com a atendente de mercado.

"Enganar para ganhar votos é tão grave quanto invadir residências", finaliza Russomanno. No último dia 24, Boulos se encontrou com Cleide Cruz, a atendente do mercado. Em post, o candidato do Psol afirmou que a operadora foi "humilhada por Celso Russomanno".

Não é a primeira vez que Boulos usa o vídeo do mercado para atingir Russomanno. Em debate presencial, realizado pela Band, Boulos questionou o adversário. "Você humilha caixa de supermercado para ter audiência na televisão. Por que você fala fino com os poderosos e grosso com o povo?"

Nas redes sociais, Boulos publicou uma foto com Cleide Cruz e escreveu: "Força, Cleide! Que seu caso seja exemplo contra todas as formas de humilhação e agressão às mulheres!".

Depois do programa eleitoral de Russomanno, publicado hoje nas redes sociais, Boulos respondeu dizendo que o candidato "foi pro vale-tudo porque está com medo".

Desde a última pesquisa Datafolha, Russomanno perdeu sete pontos percentuais, de 27% para 20%. Já a rejeição do candidato, que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pulou de 29% para 38%.