Candidatos sobem tom do discurso; Russomanno e Covas viram alvos
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo subiram o tom dos discursos durante o horário eleitoral. Depois de um início de semana agitada, com Celso Russomanno (Republicanos) acusando o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) de esconder o governador João Doria, também do PSDB, a propaganda eleitoral ficou marcada por embates de todos os lados.
Bruno Covas e Celso Russomanno, que estão tecnicamente empatados em 1º lugar na disputa eleitoral, foram os principais alvos. Joice Hasselmann (PSL) usou o tempo de propaganda para atacar os candidatos argumentando que ambos fogem do debate. "Russomanno não quer explicar o que está na delação da Odebrecht nem dizer porque o Procon processou a empresa dele", começa a candidata. "E Bruno Covas não quer explicar porque estava viajando com os amigos enquanto São Paulo enfrentava uma enchente".
Já Orlando Silva (PCdoB) usou falas de Jair Bolsonaro (sem partido) para criticar Russomanno, candidato que ganhou apoio presidencial. "É hora de enfrentar o fascismo e derrotar Bolsonaro e Russomanno em São Paulo". No vídeo, o candidato mostra imagens de Bolsonaro minimizando a pandemia do novo coronavírus, classificando a como uma "gripezinha". Enquanto isso, o candidato do PT, Jilmar Tatto, criticou o governo de Bruno Covas e João Doria citando "descaso" com a saúde.
Durante sua propaganda, Russomanno voltou a se referir a Covas como 'BrunoDoria', criticando o mandato do atual prefeito de São Paulo e dizendo que "foi-se a renda e foi-se o emprego". O discurso tenta criar ligação com o mote de campanha de Covas: "Força, foco e fé".
Ontem, Covas declarou que o jogo sujo começou nas eleições municipais, mas indicou que não vai responder aos ataques. O atual prefeito não usou o horário eleitoral como estratégia para criticar adversários.
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