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Site bolsonaro.com.br, com críticas ao presidente, sai do ar

Site "bolsonaro.com.br" associava presidente Jair Bolsonaro a ditador nazista Adolf Hitler em caricatura - 31.ago.2022 - Reprodução
Site "bolsonaro.com.br" associava presidente Jair Bolsonaro a ditador nazista Adolf Hitler em caricatura Imagem: 31.ago.2022 - Reprodução

Do UOL, em São Paulo

01/09/2022 11h57Atualizada em 01/09/2022 12h17

O site bolsonaro.com.br, que era o domínio oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) e passou a exibir conteúdos contrários ao mandatário —incluindo imagens que o retratam como Hitler e o diabo— estava fora do ar por volta do meio-dia de hoje. Ao tentar acessá-lo, uma tela avisava que não foi possível encontrar o endereço.

Ontem, o ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou que pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito sobre o site. "Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos", escreveu ele nas redes sociais.

A assessoria da campanha do presidente também informou que vai entrar com uma ação judicial contra os autores por possíveis crimes eleitoral e de calúnia. Deve haver também um pedido de indenização — cujo valor ainda não foi definido.

O site bolsonaro.com.br era registrado por uma empresa do Distrito Federal e era usado para divulgações de ações do governo. De acordo com apuração do UOL em sites de checagem de domínios, houve uma atualização no registro da página no dia 11 de agosto de 2022.

O endereço foi arrematado por R$ 20 mil por um empresário do ramo de papelão do Paraná. Ao UOL, o homem que não quis ter o nome divulgado disse que fez a compra por parecer "uma oportunidade importante de contribuir com o debate político".

Outras páginas que poderiam ser relacionadas ao presidente, como bolsonaro22.com.br (o seu número de urna) e bolsonaropresidente.com.br, também direcionavam à página satírica.

Endereços relacionados a Carlos Bolsonaro, filho 03 do presidente e vereador do Rio de Janeiro, e à primeira-dama Michelle Bolsonaro também foram arrematados por opositores recentemente.