Site bolsonaro.com.br volta ao ar e expõe supostos ataques de bolsonaristas
Fora do ar desde 1º de setembro, o site bolsonaro.com.br está de volta atualizado com diversos ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) supostamente recebidos pelo novo dono do endereço eletrônico. O site, que deixou de ser administrado pela família Bolsonaro, conta com diversas críticas ao atual presidente, incluindo ilustração o comparando a Hitler.
Algumas das ameaças supostamente recebidas pelo dono do site, que é um empresário do Paraná, estão expostas sob o título "Retrato do Ódio".
Além dos ataques, o site também expõe um suposto email do CTIR (Centro de Prevenção, Tratamento e Reposta a Incidentes Cibernéticos de Governo), departamento vinculado ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República. Nele, é solicitada a "remoção de conteúdo ofensivo".
Em seu perfil no Twitter, no dia 31 de agosto, o ministro Anderson Torres anunciou que havia pedido para que a PF (Polícia Federal) instaurasse um inquérito para a "devida apuração dos fatos". De acordo com o documento, o site configurava um "crime contra a honra" de Jair Bolsonaro e "ataque direto e grosseiro" ao presidente.
Em seu retorno ao ar, o site mantém diversos artigos criticando o presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de corrupção generalizada, fascismo e autoritarismo, além de ser responsável pelas mortes durante a pandemia.
O UOL questionou o Ministério da Justiça e a Polícia Federal sobre o andamento da investigação, e entrou em contato com o GSI sobre o suposto email enviado ao novo dono do site. Os órgãos ainda não responderam aos pedidos. O texto será atualizado em caso de manifestação.
Empresário comprou domínio por R$ 20 mil
O site bolsonaro.com.br era registrado por uma empresa do Distrito Federal e usado para divulgações de ações do governo. De acordo com apuração do UOL em sites de checagem de domínios, houve uma atualização no registro da página no dia 11 de agosto de 2022. O endereço foi arrematado por R$ 20 mil por um empresário do ramo de papelão do Paraná.
Ao UOL, o homem que não quis ter o nome divulgado disse que fez a compra por parecer "uma oportunidade importante de contribuir com o debate político".
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