Bolsonaro investe em mulheres e tenta aumentar rejeição feminina a Lula
A corrida presidencial entra em sua reta final com o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), dando máxima atenção ao voto feminino. A campanha encomendou uma série de pesquisas para medir a eficiência das propagandas de rádio e TV e das peças para internet. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foi escalada para suavizar a imagem de Bolsonaro.
Outra frente de atuação é trabalhar para aumentar a rejeição do eleitorado feminino ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —que lidera as pesquisas de intenção de voto. Ambas as estratégias já estão em curso e apareceram na propaganda eleitoral de terça-feira (12).
Pesquisas e mais pesquisas. A campanha de Bolsonaro está tratando estas peças de rádio, TV e internet com o máximo de cuidado. Cada propaganda passa por uma pesquisa qualitativa em 12 estados —antes e depois de aparecer no ar. Isto significa que eleitores assistem e revelam suas impressões.
A intenção é saber se as pessoas estão entendendo a mensagem da forma como a campanha deseja e como o conteúdo foi recebido. São dois grupos diferentes de eleitores —antes e depois da veiculação da peça.
De acordo com o último Datafolha, Lula tem 46% de intenção de voto entre as mulheres. Bolsonaro, 29%.
Aumentar a rejeição feminina a Lula. A estratégia da equipe bolsonarista não é apenas de melhorar sua imagem com as mulheres. Outra parte do trabalho é aumentar a rejeição de Lula.
Este esforço começou e um exemplo apareceu na propaganda eleitoral de terça. Lula teve uma fala recortada em que dizia: "Quer bater em mulher, vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa". Gravações com mulheres condenado a declaração apareceram na sequência reprovando a fala do candidato do PT.
Michelle é cartada de Bolsonaro. Na tentativa de suavizar sua imagem, Bolsonaro conta com a companhia da primeira-dama em duas agendas no Nordeste nesta semana. O casal fez campanha em Natal (RN) ontem (14).
No sábado, o candidato à reeleição visitará Garanhus (PE), cidade em que Lula nasceu. Michelle estará junto porque é considerada um trunfo pela equipe de Bolsonaro. Neste esforço de tentar melhorar sua imagem com o eleitorado feminino, o casal vai a Londres participar do funeral da rainha Elizabeth II.
Pesquisa do Datafolha divulgada em 9 de setembro revelou que os votos das mulheres são mais voláteis —o levantamento indica que 26% delas podem mudar de candidato. Entre os homens, o percentual cai para 18%.
Minimizando apoio de Marina a Lula. Integrante da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição, Fabio Wajngarten diminuiu a importância política de Marina Silva (Rede) —ao UOL, ele minimizou o apoio dela a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Não muda nada. Marina é que nem a Copa do Mundo, aparece de quatro em quatro anos", ironizou.
Wajngarten declarou que não vê capacidade de Marina, que concorre a deputada federal, em influenciar o voto feminino ou religioso. A candidata é evangélica e pensou em ser freira em uma parte de sua vida.
Sem polemizar. Marina não pareceu ofendida quando questionada sobre a avaliação de Wajngarten. Declarou que algumas pessoas enxergam a política apenas pela métrica dos votos e planilhas. Também ao UOL, ela declarou que a aliança com Lula sinaliza uma união em prol de ideais, bandeiras e a favor da democracia.
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