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Em ato com Lula, Dilma chama Bolsonaro de 'pior presidente de todo o mundo'

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) discursa em Porto Alegre em ato de campanha do ex-presidente Lula (PT) ao Planalto; na imagem, o petista aparece conversando com o candidato do PT ao governo gaúcho, Edegar Pretto - Reprodução/YouTube/Lula
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) discursa em Porto Alegre em ato de campanha do ex-presidente Lula (PT) ao Planalto; na imagem, o petista aparece conversando com o candidato do PT ao governo gaúcho, Edegar Pretto Imagem: Reprodução/YouTube/Lula

Do UOL, em São Paulo

16/09/2022 19h57

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Porto Alegre. A petista disse que Bolsonaro é o "pior presidente" do mundo.

"Essas eleições mostram duas coisas. Mostram a força política das mulheres, mas também mostram a consciência elevada das mulheres que não se deixam convencer por aquele que é, talvez, o pior presidente não só do Brasil, mas o pior presidente para o seu próprio povo de todo o mundo", criticou Dilma.

A ex-presidente destacou que, se estivesse vivo, Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul, estaria no comício ao lado de Lula. Brizola, fundador do PDT e que morreu em 2004, é tido como inspiração política de Dilma.

Vitória em primeiro turno? Dilma também afirmou que as eleições precisam acabar no primeiro turno. "Estamos em uma missão fundamental que é eleger nosso presidente Lula, para resgatar o nosso país", disse.

Sobre a gestão Bolsonaro, ela disse que esse "é um governo que estimula a violência, que estimula a compra de armamento de forma indiscriminada". "Temos uma missão: ganhar essa eleição no primeiro turno", clamou.

"Se Leonel Brizola estivesse vivo, ele estaria ao lado de Lula, estaria defendendo a eleição de Edegar Pretto [candidato do PT ao governo gaúcho], de Olívio Dutra [candidato do PT ao Senado no Rio Grande do Sul]", completou.

'Mentiras do zap', 'genocida' e clã Bolsonaro. Durante seu discurso, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu para os eleitores ficarem "alerta com as mentiras dos zaps" a duas semanas da eleição. "Gente, só faltam 16 dias. Daqui para frente, a gente tem que ficar alerta com as mentiras dos zaps [WhatsApp]. A gente ficar alerta com fake news", citando um dos principais problemas do pleito de 2018, vencida pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na disputa.

Lula também voltou a chamar Bolsonaro de genocida e lembrou da violência política e dos assassinatos de dois apoiadores petistas: Marcelo Arruda e Benedito Cardoso dos Santos.

Como está a disputa com Bolsonaro? Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada na quinta-feira (14), Lula segue na liderança com 45% as intenções de voto. Em segundo lugar, o presidente Bolsonaro tem 33%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Pela pesquisa, o ex-presidente não venceria no primeiro turno, já que o total de votos válidos (que desconta nulos e brancos) é o considerado pela Justiça Eleitoral para a definição do pleito, e o petista não atingiu mais de 50% nesse levantamento, mesmo considerando a margem de erro. Lula tem 45% dos votos contra 48% dos adversários.

Em um cenário de segundo turno, a pesquisa apontou que Lula mantém a liderança, com 54%. Já Bolsonaro tem 38% das intenções de voto.

Critica ao adversário. Mais cedo, para jornalistas, Lula criticou o governo de Bolsonaro, chegando a citar o termo "milicianos". "Esse país precisa voltar à normalidade. Os milicianos que se apoderaram do poder desse país, criaram um comportamento na sociedade", disse. Não há, porém, comprovação de relação de Bolsonaro com milicianos.

"Outro dia, agrediram jornalista, ofendem a Suprema Corte. Pela primeira vez na história do Brasil, estamos vendo um presidente não cuidar do orçamento do país, que é função dele", completou Lula.

O candidato estava acompanhado por lideranças do PT e aliados, como o coordenador da campanha de Lula, senador Randolfe Rodrigues (Rede), a deputada federal Maria do Rosário, e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.