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Daniel Silveira posta vídeo em que Bolsonaro diz: 'animal, votei em você'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) encontrou o candidato ao Senado pelo PTB Daniel Silveira - Carl de Souza/AFP
O presidente Jair Bolsonaro (PL) encontrou o candidato ao Senado pelo PTB Daniel Silveira Imagem: Carl de Souza/AFP

Do UOL, em São Paulo

02/10/2022 15h47Atualizada em 02/10/2022 15h47

O candidato a senador pelo Rio de Janeiro Daniel Silveira (PTB) publicou um vídeo em sua conta no Twitter que mostra um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

Nas imagens, eles se cumprimentam com um aperto de mãos e se abraçam rapidamente. Em seguida, Bolsonaro diz: "ô, animal, votei em você", ao que Silveira responde com uma risada.

Segundo Daniel Silveira, o vídeo é uma resposta "aos que diziam que o presidente apoiava Romário", candidato pelo PL, partido de Bolsonaro.

Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (1º) mostra o ex-jogador Romário na liderança pelo Senado no Rio de Janeiro, com 35% dos votos válidos. Alessandro Molon, do PSB, é o segundo colocado (21%).

A candidata Clarissa (União) é a terceira mais bem colocada, com 16%, seguida por Daniel Silveira e André Ceciliano (PT), ambos com 10% cada.

"Independente do resultado, isto aqui, este breve momento, me entregou a sensação de dever cumprido. Tenho a confiança do homem que mais confio e, que por acaso, é o homem que salvou o Brasil. Que honra!", escreveu Silveira no Twitter.

Inelegível, mas... Apesar de ter sido considerado inelegível pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) em setembro, Daniel Silveira recorreu da decisão e espera julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Como resultado, Silveira pôde continuar sua campanha eleitoral. Se for eleito e o tribunal considerá-lo inelegível, não poderá cumprir seu mandato e todos os votos destinados a ele serão anulados.

Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021, quando ainda era deputado federal pelo PSL-RJ, após publicar um vídeo em que fez críticas aos ministros do STF e defendeu o (AI-5) Ato Institucional nº5, decreto da ditadura militar realizado em 1968 que fechou, por exemplo, o Congresso e as assembleias legislativas nos estados.

Silveira foi condenado em abril pelos crimes de coação no curso do processo e atentado ao ato Democrático de Direito, ao proferir discursos de incentivo à violência com ataques à Justiça e a ministros da corte.

Ele foi condenado a 8 anos e nove meses de prisão, mas teve sua pena anulada após receber a graça presidencial de Jair Bolsonaro.
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