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Bolsonaro chama Lula de vagabundo; 'medo da quebra de sigilo', diz petista

Do UOL, em São Paulo

07/10/2022 20h28

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamando-o de "vagabundo" em post sobre corrupção nas redes sociais. Lula, por sua vez, rebateu citando o sigilo de 100 anos imposto pelo atual mandatário em uma série de documentos.

  • Lula: Vi que o Bolsonaro anda nevoso, anda me xingando. Mas ele precisa saber quem quer ser um chefe de Estado não pode ficar nervoso.
  • Bolsonaro: O que um chefe de Estado não pode fazer é roubar, seu vagabundo.
  • Lula: Quebraram meus sigilos, me investigaram e venci todos os processos, no Brasil e na ONU. Não devo nada à Justiça. Tem alguém espumando com medo da quebra dos seus sigilos de 100 anos.

Bolsonaro incluiu sigilo de 100 anos em uma série de documentos, que incluem a própria carteira de vacinação, informações sobre o acesso de seus filhos ao Palácio do Planalto e a investigação do Exército sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato.

O sigilo de 100 anos está previsto no artigo 31 da LAI e se restringe a dados pessoais relacionados "à intimidade, vida privada, honra e imagem". O texto estabelece cem anos como o prazo máximo para esse tipo de sigilo —ou seja, o prazo pode ser menor.

Outro trecho, ainda no mesmo artigo da LAI, estabelece que a restrição de acesso a informações relativas à "vida privada, honra e imagem de pessoa" não poderá ser usada para prejudicar processos de apuração de irregularidades da pessoa envolvida e da recuperação de fatos históricos de maior relevância.

Juntos, Lula e Bolsonaro dominaram a ampla maioria do eleitorado e conquistaram mais de 91% dos votos válidos —quando são desconsiderados os brancos e nulos - para presidente no primeiro turno das Eleições 2022.

O ex-presidente ficou em primeiro lugar e recebeu 57.259.504 votos, o que representa 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro alcançou 43,20% dos votos válidos, com 51.072.345 votos. A diferença entre a votação do candidato à reeleição para o seu concorrente foi de pouco mais de 6 milhões de votos.