Tarcísio sofreu atentado ou não? Discussão polariza redes sociais
O tiroteio que deixou um morto e interrompeu um ato de campanha do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na manhã de hoje (17), na favela de Paraisópolis, na capital paulista, dominou os posts políticos no Twitter.
Um dia depois do primeiro debate entre os presidenciáveis no segundo turno, o incidente em São Paulo regionalizou as discussões políticas e opôs quem considerou que Tarcísio sofreu um atentado contra quem afirma que o alvo foi outro.
De concreto, sabe-se que, de fato, aos menos 25 tiros foram disparados e um homem morreu. Segundo reportagem do UOL, a cúpula da PM dá como certo que não houve atentado contra Tarcísio.
Foi atentado?
Assim se soube do tiroteio em Paraisópolis e da interrupção da agenda de Tarcísio, políticos e perfis ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram suas contas nas redes sociais para cravar que o candidato ao governo paulista havia sofrido um atentado.
Por trás da pressa em dizer que Tarcísio havia sido alvo do ataque, os posts relacionavam as ações do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.
Não foi atentado?
Com o avanço das investigações e das apurações jornalísticas, políticos da oposição e perfis mais ligados a Lula foram contradizer os bolsonaristas nas redes sociais com posts afirmando que Tarcísio não era alvo do ataque.
Jornalistas também questionaram a narrativa de atentado e afirmaram que ainda há diversas perguntas em aberto sobre o incidente em Paraisópolis.
Fakeada 2.0?
Alguns perfis ligado a Lula e ao PT compararam o tiroteio em Paraisópolis à facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018. Para eles, os dois episódios foram criados para alavancar as candidaturas. As investigações sobre a facada já provaram que, naquele caso, atentado foi verdadeiro e perpetrado por um indivíduo que agiu sozinho.
PM trabalha com duas hipóteses
De acordo com PMs que atuam no setor de inteligência da corporação e oficiais com experiência de atuação em Paraisópolis, há duas suspeitas sobre o início do tiroteio, o que ainda é checado pela Segurança Pública paulista.
- A primeira é que PMs faziam ronda em ruas próximas de onde Tarcísio e sua comitiva passariam -- e, ao encontrarem criminosos armados em motocicletas, teve início a troca de tiros.
- A segunda é que o staff chegou ao local à paisana antes do candidato e que, nesse momento, encontrou olheiros armados em motos.
Há ruas em Paraisópolis que abrigam olheiros em motocicletas que acompanham pessoas desconhecidas e, se veem algo que chama a atenção, repassam as informações para integrantes do PCC. Por essa segunda hipótese, a comitiva de Tarcísio teria visto dois olheiros e avisado a PM, que, ao se dirigir ao local indicado, encontrou criminosos armados em uma moto e se iniciou o tiroteio.
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