Sakamoto: Câmeras rejeitadas por Tarcísio vão ajudar a elucidar tiroteio
O colunista Leonardo Sakamoto comentou, durante participação no UOL News, sobre o tiroteio que aconteceu na manhã de hoje na comunidade de Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo, quando o candidato ao governo do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) estava na região. A agenda do aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) teve de ser interrompida por conta dos disparos.
Conforme reportagem do UOL, além de imagens de câmeras de segurança e vídeos registrados por testemunhas, imagens captadas pelas câmeras nos uniformes dos policiais serão analisadas pelos investigadores para saber exatamente o que aconteceu.
Ao UOL News, Sakamoto lembrou que Tarcísio já afirmou que "com certeza" retiraria as câmeras instaladas nas fardas de policiais militares caso seja eleito governador de São Paulo.
No dia 7 de outubro, por exemplo, Tarcísio de Freitas chegou a questionar "o que representa a câmera".
"A turma [os policiais] tem que perceber que o Estado está do lado dele, é por isso que eu tive uma postura muito crítica com relação às câmeras. O que representa a câmera? É uma situação de deixar o policial em desvantagem em relação ao bandido. Com certeza [vou tirar]", falou o candidato durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.
Na última semana, Tarcísio recuou e disse que iria reavaliar a política e conversar com especialistas.
'Não foi atentado', diz empresário de Paraisópolis sobre tiroteio
Em entrevista ao UOL News, o empresário Wallace Rodrigues, dono do Belezinha, startup de impacto social, afirmou que o episódio de hoje em Paraisópolis não foi um atentado.
"Tenho convicção de que não foi um atentado porque a comunidade estava lá junto com os convidados", disse ele, referindo-se ao evento de inauguração de uma unidade educacional com bolsas para cursos técnicos na favela que estava sendo promovido pela startup.
Do ponto de vista político, há razões pelas quais Lula quer reduzir a quantidade de debates, diz Sakamoto
Em participação no UOL News de hoje, Sakamoto também falou sobre a ida de Lula (PT) e Bolsonaro aos debates do segundo turno. Além do confronto de ontem, organizado por UOL, Band, TV Cultura e Folha de S. Paulo, mais três eventos entre os dois estão marcados por emissoras de televisão e veículos de comunicação até o dia da votação, em 30 de outubro. Apesar disso, o petista deve comparecer só no debate da TV Globo, marcado para o dia 28 de outubro.
Na avaliação do colunista, do ponto de vista político, há razões pelas quais Lula quer reduzir a quantidade de debates.
"Ele não tem a mesma idade de quando foi eleito presidente da República em 2002. O próprio presidente Bolsonaro ontem estava com a voz um pouco machucada no final do debate. [Lula e Bolsonaro] Não são crianças. Eles precisam escolher um evento em detrimento a outro para se poupar", avaliou.
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