Haddad: Campanha de Tarcísio cometeu ato ilícito ao mandar apagar imagens
Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, afirmou nesta manhã (26) que a equipe de Tarcísio de Freitas (Republicanos) cometeu um ato ilícito ao mandar um cinegrafista apagar imagens do tiroteio em Paraisópolis durante agenda do candidato em 17 de outubro.
"Eu fiquei sabendo que houve esse áudio. É um áudio que ninguém contesta a veracidade, ninguém contestou que aquele diálogo ocorreu, portanto a integridade do áudio não foi colocada em discussão. E aquele áudio é muito grave, porque é uma pessoa da equipe do Tarcísio praticamente intimidando um cinegrafista a apagar as imagens do que aconteceu em Paraisópolis", declarou Haddad durante a sabatina UOL/Folha.
Do ponto de vista jurídico, isso é ilegal! Simples assim. Você tem que preservar os elementos que permitam a investigação policial chegar à verdade."
Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de SP
O caso foi revelado ontem (25) pelo jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso a áudios da abordagem de integrantes da campanha de Tarcísio a um cinegrafista da Jovem Pan que havia feito registros do tiroteio. Na ocasião, aliados do candidato do Republicanos chegaram a afirmar que tinha sido um atentado contra Tarcísio.
"Prática de milícia". Em nota divulgada também ontem, a campanha de Tarcísio confirmou a veracidade do áudio e falou de "interpretação equivocada" e "grave tentativa de descontextualização" da conversa. Pouco após a confirmação, Haddad concedeu uma entrevista em Ribeirão Preto na qual classificou a conduta da equipe de Tarcísio como "prática de milícia".
Conversa. Haddad também contou na sabatina desta manhã que conversou com Tarcísio no dia do episódio. Ainda segundo o ex-prefeito de São Paulo, o próprio Tarcísio teria declarado que não foi um atentado.
A primeira providência que tomei foi ligar para ele. Ele não me atendeu no momento que eu liguei, mandei uma mensagem, e ele me retornou já à noite para contar do episódio, e ele falou para mim: 'Haddad, não tem nada de atentado. Eu vou desmentir isso porque não houve atentado'."
O petista foi informado pela própria imprensa sobre o tiroteio em Paraisópolis. Naquele momento, ele havia acabado de chegar ao bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, para participar de um ato ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Liguei para o Tarcísio para me solidarizar, para saber se ele estava bem. Uma coisa é disputa eleitoral, e a outra coisa é integridade das pessoas, psicológica e física. Então estava preocupado se ele estava bem psicologicamente, porque ele podia ter ficado abalado com o episódio. Ele tem família, ele tem filhos."
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