Eleito na urna eletrônica, Moro sugere 5% de voto impresso para conferência
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), senador eleito através das urnas eletrônicas este ano, sugeriu hoje, em entrevista à CNN Brasil, o voto impresso para conferência nas próximas eleições. Para Moro, essa poderia ser uma alternativa para "aprimorar" o sistema eleitoral brasileiro.
"Se tem esse debate tão profundo, eu acho que, para as próximas eleições, valeria discutir como aprimorar o sistema de controle. Talvez um voto impresso percentual, de 5% urnas, para permitir uma espécie de conferência", disse o ex-juiz.
Ainda segundo a avaliação de Moro, a medida não significaria dar legitimidade para duvidar dos resultados oficiais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Mas vamos discutir isso para o futuro. Como aprimorar para eliminar esse debate e essa desconfiança sobre o sistema eleitoral", acrescentou.
Nunca houve fraude comprovada. Desde que as urnas eletrônicas foram implementadas — parcialmente em 1996 e 1998, e integralmente a partir de 2000 —nunca houve comprovação de fraude nas eleições brasileiras, mesmo quando os resultados foram contestados. A segurança da votação é constatada pelo TSE, pelo MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos independentes.
Em outubro de 2021, o TCU (Tribunal de Contas da União) emitiu um relatório técnico reforçando que as urnas são seguras e auditáveis, e que a impressão do voto traria riscos e exigiria recursos que não estão disponíveis atualmente na Justiça Eleitoral.
Bolsonaro critica sistema eleitoral sem apresentar provas. Desde o início de seu o governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz acusações de que houve fraude nas eleições de 2018, mas sem apresentar provas.
O presidente voltou a falar no assunto em uma entrevista veiculada no último domingo (23), quando disse que as Forças Armadas dizem ser "impossível dar um selo de credibilidade" às urnas eletrônicas usadas nas eleições brasileiras. A declaração foi dada ao comentarista político norte-americano Ben Shapiro.
Em 6 de outubro, após o primeiro turno das eleições, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que o teste de integridade nas urnas eletrônicas não encontrou divergências nos votos proferidos e comprovou a lisura das eleições.
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