Quem é o mais rico? Veja patrimônio declarado pelos candidatos de SP

No debate realizado pelo UOL/Folha nesta segunda-feira (30), Pablo Marçal (PRTB) afirmou que Guilherme Boulos (PSOL) era o candidato mais rico no pleito. De acordo com o patrimônio declarado, no entanto, é o próprio Marçal o mais rico na disputa.

Veja, abaixo, quanto e o quê cada candidato declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Guilherme Boulos (PSOL) - R$ 199.596,87

Patrimônio declarado por Boulos é quase dez vezes o registrado nas eleições de 2022, quando ele se candidatou a deputado federal. Na corrida municipal deste ano, o psolista divulgou patrimônio total de R$ 199.596,87.

Valor subiu com a inclusão da casa do deputado, localizada no bairro Campo Limpo. O imóvel na zona sul da capital estava no nome dos pais dele e foi transferido para o candidato no ano passado. Em 2022, a declaração incluía apenas um veículo Celta — carro que foi mote das campanhas que ele disputou desde 2018.

O psolista ficou com 50% da casa, o que equivale a R$ 171.758,00, segundo a declaração ao TSE. A outra metade do imóvel ficou com a companheira dele, Natalia Szermeta. Além da casa, Boulos informou ter uma aplicação bancária de CDB, no valor de R$ 11.876,87, um depósito de R$ 816 e, novamente, o Celta, declarado em R$ 15.146.

Ricardo Nunes (MDB) - R$ 4.843.350,91

Nunes declarou R$ 4.843.350,91 no registro de sua candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), protocolado no dia 11. O valor é semelhante aos R$ 4.836.716,54 declarados em 2020, quando Nunes concorreu a vice. Entre as duas eleições, o aumento foi de menos de R$ 7.000.

A declaração inclui 13 imóveis, que somam cerca de R$ 1,5 milhão. O mais valioso, segundo a declaração, é um apartamento de R$ 605 mil em Cidade Dutra, zona sul da capital, mas também há bens como um terreno de R$ 390 mil em Campinas (SP) e uma fazenda em Minas Gerais, declarada por R$ 105 mil. Também há um sobrado de R$ 228 mil e outros sete terrenos em Parelheiros, na zona sul de São Paulo.

O patrimônio declarado de Nunes variou pouco desde a entrada na política. Quando concorreu pela primeira vez a vereador, em 2012, ele informou uma lista de bens de R$ 4.248.354,47. Em doze anos, portanto, o patrimônio informado ao TSE aumentou 13,85%.

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Pablo Marçal (PRTB) - R$ 193,5 milhões

Bens declarados por Marçal consistem principalmente em investimentos financeiros e participação em empresas. Seu principal patrimônio é a fatia de 80% do capital social da empresa Aviation Participações LTDA, equivalente a R$ 80 milhões.

Na campanha eleitoral de 2022, o empresário declarou R$ 96,9 milhões. Ele era candidato a presidente, mas desistiu da campanha porque o seu então partido, o Pros, declarou apoio ao então candidato Lula (PT).

A declaração de Marçal ao TSE indica que ele omitiu pelo menos uma empresa e declarou outras duas por valores abaixo dos registrados na Receita Federal. Na declaração, feita na quarta (7), Marçal informou ter um patrimônio de R$ 193,5 milhões, mas o total real, se forem adicionadas as omissões, seria superior a R$ 215 milhões.

Foi "um erro simples, coisa de contador", disse Marçal à colunista do UOL Raquel Landim. Segundo o candidato, sua equipe de advogados está preparando a revisão dos números para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e informa que "tratou-se de um erro de digitação". A campanha afirma que ainda está dentro do período legal para retificações.

José Luiz Datena (PSDB) - R$ 38.301.790,28

Datena registou, até o momento, o segundo maior patrimônio entre os candidatos à prefeitura. Ele informou nesta terça (13) ter R$ 38.301.790,28 em bens.

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O patrimônio de Datena é dividido principalmente entre imóveis e previdência privada. O apresentador informou ter R$ 25,73 milhões no plano de seguro VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e dez imóveis, que foram registrados juntos por R$ 12,47 milhões. Os demais bens são uma conta bancária com R$ 95 mil e uma cota da empresa JLD Publicidade, declarada por R$ 950.

Datena informou ter imóveis em três estados. Em São Paulo, ele declarou uma casa e um terreno em Tamboré, bairro nobre de Barueri, além de outros dois terrenos no interior. Em Santa Catarina, foram registrados um apartamento em Florianópolis e mais dois terrenos. Já em Goiás, o apresentador declarou um único terreno, em Itajá, no sul do estado, no valor de R$ 6.117.549,00.

Tabata Amaral (PSB) - R$ 807.841,11

Na primeira versão da declaração exibida pelo Divulgacand na segunda-feira (12), ela havia anunciado patrimônio de R$ 556.700,29 — mesmo valor informado dois anos atrás, quando ela foi eleita deputada federal. Com a correção, o patrimônio da candidata registrou um aumento de 45%.

Em nova declaração, Tabata aparece com patrimônio de R$ 807.841,11. Após a reportagem, a equipe da candidata informou ao UOL que o patrimônio de Tabata aumentou em 45% e protocolou uma petição para retificar os dados divulgados no portal Divulgacand. O valor é dividido em R$ 799.332,95 investidos em aplicações financeiras e R$8.508,16 depositados em conta corrente.

Em 2022, quando disputou uma reeleição para deputada federal, ela declarou R$ 556.700,29 — também em dinheiro guardado no banco. Na ocasião, eram R$ 492.785,80 em aplicações no Banco do Brasil e R$ 63.914,49 em sua conta corrente.

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Marina Helena (Novo) - R$ 9,7 milhões

Segundo o TSE, Marina declarou possuir um patrimônio de R$ 9,7 milhões. Em 2022, ela havia declarado um patrimônio de R$ 8,6 milhões à Justiça Eleitoral.

O maior patrimônio da economista é uma casa avaliada em R$ 7,6 milhões. Ela também declarou ter um apartamento no valor de R$ 381,6 mil, além de R$ 928 mil aplicados em renda fixa, R$ 99,7 mil em fundos imobiliários, R$ 100,2 mil em fundos de ações e R$ 585,4 mil em fundos de longo prazo.

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