Da cadeirada ao soco: você lembra o que aconteceu nos 11 debates de SP?
A votação para eleger o prefeito de São Paulo acontece no domingo (6), e o eleitor teve 11 oportunidades de assistir aos candidatos debaterem, discutirem e se agredirem — não apenas com palavras.
Os encontros aconteceram entre 8 de agosto, com o debate da TV Bandeirantes, e 3 de outubro, quando foi ao ar o da TV Globo.
Apenas dois candidatos estiveram presentes em todos os confrontos: Pablo Marçal e Tabata Amaral. Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, José Luiz Datena e Marina Helena participaram de alguns, mas ou não foram convidados ou não compareceram a outros.
Relembre os debates, em ordem de realização:
Band
Pouca discussão sobre os desafios da cidade e muitos ataques marcaram o primeiro debate eleitoral na Band. Ricardo Nunes foi o principal alvo de adversários, com críticas pela condução da prefeitura nas áreas da saúde e educação na cidade, além da atual situação da "cracolândia". Candidatos também foram alvos de ataques do Marçal, que adotou tom agressivo, com palavrões e insinuações sem provas.
Terra/O Estado de S. Paulo/FAAP
O segundo debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo teve propostas vagas e aumentou a carga para os ataques pessoais entre adversários, em comparação com o debate da Band que aconteceu na semana anterior.
Debate foi organizado para favorecer perguntas diretas entre os candidatos. Em cada bloco do evento, os seis convidados foram divididos em três duplas, para conversarem entre si a partir de perguntas de jornalistas ou de alunos e professores da Faap. Em vários momentos, eles se atrapalharam com o tempo.
Insultos e acusações marcaram o debate, assim como no da Band. Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) trocaram xingamentos e a briga prosseguiu quando os dois se sentaram. Em outro bloco, Tabata Amaral (PSB) afirmou que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) "rouba e não faz".
Marçal mostrou carteira de trabalho, dizendo que Boulos "nunca trabalhou". Após o fim das perguntas, na saída do púlpito, o deputado tentou arrancar o documento da mão do adversário com um tapa na carteira após ambos se sentarem lado a lado, enquanto Marçal o provocava dizendo que ia exorcizar o adversário com a carteira.
Veja/ESPM
Com a presença de apenas três dos seis principais candidatos, o debate da Veja para a Prefeitura de São Paulo foi escasso em propostas. Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Datena não participaram do encontro. Tabata Amaral foi a participante que mais apresentou ideias. Pablo Marçal e Marina Helena focaram na ausência dos adversários e em temas nacionais.
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Quero receberTV Gazeta/MyNews
O candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena peitou o adversário Pablo Marçal durante o debate na TV Gazeta. O ex-coach levou uma advertência após ter usado a palavra "merda" em uma resposta. Datena deixou o púlpito e se dirigiu ao local onde estava Marçal e o bloco foi encerrado.
TV Cultura
O debate da TV Cultura foi marcado pelo baixo nível, com troca de acusações, palavras de baixo calão e uma agressão de José Luiz Datena a Pablo Marçal. O encontro começou propositivo, mas a postura não durou muito. Datena saiu de seu lugar, pegou a cadeira de Marina Helena e caminhou em direção a Marçal. Enquanto o candidato do PRTB se virava para encarar o apresentador, Datena acertou o rival com o objeto.
Rede TV!/UOL
O debate Rede TV!/UOL conseguiu dar mais espaço a propostas dos candidatos. Ataques pessoais dominaram o início do debate. Marçal foi quem mais estimulou confrontos, mas todos os participantes tiveram pelo menos um embate áspero. Datena afirmou que não agrediria Marçal novamente porque "covarde apanha uma vez só".
SBT/Terra/Rádio NovaBrasil
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo isolaram Pablo Marçal e focaram mais em propostas. Tabata comparou o método de Marçal na campanha ao jogo do Tigrinho. Boulos voltou a cutucar o prefeito ao relacioná-lo ao negacionismo vacinal. Aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito afirmou recentemente ter errado ao instituir o passaporte da vacina da covid-19.
Flow
O debate do Flow News oi preparado para evitar o confronto entre os adversários. Mas, durante as considerações finais, Marçal foi expulso por infringir as regras por três vezes, provocando um clima de animosidade que culminou em uma briga no palco. Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes, levou um soco de Nahuel Medina, sócio de Marçal e cinegrafista do candidato.
Record
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo voltaram a isolar Pablo Marçal, evitando fazer perguntas para ele até que não restasse outra opção. Marçal respondeu fugindo da pergunta sobre alimentação e falando sobre a sua proposta de "jornada da prosperidade". "É M de mentalidade", respondeu o candidato, que afirmou que estaria fazendo jejum havia cinco dias, consumindo nada mais que água.
Folha de S.Paulo/UOL
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos foram os principais alvos dos rivais em debate marcado por confrontos que envolveram Deus, drogas, corrupção e machismo.
Marçal afirmou que Tabata esbravejava como "tia de colégio". "Mulher não vai votar em mulher, mulher é inteligente. Ela tem sabedoria. Se fosse isso, pobre votava em pobre, negro ia votar em negro", completou o ex-coach. Boulos revelou que foi internado com depressão aos 19 anos, reafirmou nunca ter usado cocaína e disse que "só usou maconha uma vez".
Globo
Debate começou ameno, mas as hostilidades cresceram da metade para o final do embate. Gestão de Nunes esteve no centro das críticas, enquanto Boulos e Marçal evitaram trocar ataques na primeira metade do debate. O psolista usou uma comparação forte para atacar o ex-coach: "o Marçal acusar alguém de extremista é igual a Suzane Richthofen acusar alguém de assassinato". Boulos respondeu Marçal mostrando um exame toxicológico.
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