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Josias: Boulos fez toxicológico para evitar insinuação pós-debate de Marçal

Guilherme Boulos (PSOL) apresentou um exame toxicológico no debate de ontem (3) da TV Globo com os candidatos à Prefeitura de São Paulo como forma de escapar de novas acusações de Pablo Marçal (PRTB), apurou o colunista Josias de Souza no UOL News desta sexta (4).

Marçal, que já havia insinuado, sem provas, que Boulos usou cocaína, voltou a associar o adversário às drogas ao afirmar durante o programa que ele "frequentava biqueiras". Foi quando o psolista exibiu seu exame toxicológico e pediu para o candidato do PRTB "fazer um psicotécnico".

Marçal deixou de ser um personagem imprevisível. Tomado pelo comportamento exibido durante a campanha, ele se tornou terrivelmente previsível. Troquei mensagens com uma pessoa que atua no comitê do Boulos. Ela me disse que havia uma preocupação maior com as redes sociais no pós-debate do que propriamente no debate.

O maior receio deles era de que, após o debate, Marçal viesse com uma insinuação qualquer nas redes sociais, o que dificultaria uma resposta. Não daria para responder de bate-pronto e terminou o horário eleitoral de rádio e televisão. Então, eles resolveram fazer esse exame toxicológico.

Em princípio, parecia acertada a decisão de não fazer [o exame] lá atrás, porque não se pode ceder a estas chantagens de uma pessoa que explora determinado assunto sem exibir nenhuma evidência. Aqui, foi uma vacina que a campanha decidiu utilizar. Ficou parecendo um míssil disparado contra uma formiga. Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias, a estratégia de Boulos deu resultado ao desarmar uma possível arapuca armada por Marçal, deixando o candidato do PRTB sem resposta.

Toda espécie de dependência é ruim, não importa que o narcótico seja cocaína ou baixaria. Quando expôs o exame toxicológico, atestando que não há vestígios de droga no seu organismo, Boulos trouxe para o primeiro plano o vício do Marçal em mentiras e grosserias, algo que tentava disfarçar durante o debate.

Teve um efeito. Ao mesmo tempo que desmontou uma eventual armadilha, Boulos teve o mérito de expor o vício do Marçal em mentiras e grosserias. Foi uma estratégia adequada para o momento. Josias de Souza, colunista do UOL

Tales: Boulos tirou Marçal do prumo e Nunes tomou vareio no debate da Globo

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O debate realizado pela Globo ficou marcado por Boulos desequilibrar Marçal, enquanto Ricardo Nunes (MDB) apanhou de todos os lados, na avaliação do colunista Tales Faria, que comparou a indefinição no cenário eleitoral da capital paulista à intensa disputa pela liderança do Brasileirão.

No Campeonato Brasileiro, o Botafogo está em primeiro lugar, o Palmeiras está ali, um ponto atrás, e o Flamengo é o mais temido. Nesse quadro, se o Botafogo empatasse com o Palmeiras, já estava de bom tamanho, ainda mais se o Flamengo não avançasse. Essa pesquisa do Datafolha mostrou mais ou menos isso.

Nesse quadro, o Boulos ter se saído melhor é uma tremenda vitória. No momento certo, ele veio e acertou Marçal, o cara que estava ali atrás dele. A comparação com a Suzane, que matou os pais, é um desastre para Marçal, que perdeu o prumo. Depois, Boulos ainda perguntou por que Marçal tem tanta raiva das mulheres.

Foi a primeira vez em que Marçal, se não foi a nocaute, esteve muito próximo disso. Não foi porque provavelmente ele está a caminho do segundo turno. Nunes estava muito mal; apanhou de todos e não conseguia sair das cordas. A Tabata deu um vareio nele. E o próprio Boulos chamou a atenção para a questão da máfia dos cemitérios e do ex-cunhado do Marcola, que é chefe de gabinete da secretaria. Foi um vareio. Tales Faria, colunista do UOL

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Opinião

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