Após tiroteios, Pensilvânia quer colocar seguranças armados nas escolas
Os recentes tiroteios em escolas nos Estados Unidos alertaram profissionais da área em todo o país, que procuram soluções para evitar que casos do tipo se repitam.
Após o massacre de Newtown, o americano Mike Strutt, que há 20 anos trabalha com desenvolvimento de planos de segurança em escolas, decidiu colocar seguranças armados nas 14 escolas do condado de Butler, na Pensilvânia, diz reportagem do "The Washington Post".
A princípio, Strutt pensou em colocar as escolas em situação de "alerta de ameaça", mas depois avaliou que os seguranças seriam mais adequados. Ele imaginou um atirador entrando na escola, passando pelos guardas desarmados que ele contratou depois do massacre de Columbine, pelos detectores de metal que instalou depois da tragédia Virgínia Tech e pelo sistema de interfone e vigilância que ele modernizou depois do tiroteio de Aurora.
Então, chegou à conclusão de que um segurança armado era necessário e ligou para o presidente do conselho escolar do condado de Butler, Don Pringle. "Isto poderia acontecer aqui. Seguranças armados são uma das coisas que nos dão uma chance de luta. Não queremos isso?", disse à publicação.
Grupos em Utah colocaram professores em aulas de tiro, Tennessee também já decidiu contratar seguranças armados por cerca de R$ 23 a hora e a Associação Nacional do Rifle trabalha em um plano para armar voluntários nas escolas.
Ainda de acordo com a reportagem, a proposta de Strutt já foi elaborada por um advogado e encaminhada a um juiz.
Outros tiroteios
Ontem (10), um estudante de 16 anos deixou dois feridos após abrir fogo em uma sala de aula do colégio Taft Union High School na cidade de Taft, na Califórnia (EUA).
No dia 14 de dezembro outro tiroteio abalou os Estados Unidos: Adam Lanza, 20, invadiu a escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, em Connecticut, e deixou 26 mortos, dos quais 20 eram crianças. Ele se matou depois do massacre e a polícia ainda investiga os motivos que o levaram a cometer tal atrocidade.
A tragédia chocou os Estados Unidos e o mundo. O presidente do país, Barack Obama, se emocionou durante pronunciamento no dia do tiroteio: "Meu coração está despedaçado, não só como presidente, mas também como pai", disse.
Além disso, o tiroteio retomou o debate sobre armas nos Estados Unidos. Muitas veículos de imprensa, artistas e outros se posicionaram sobre o assunto, incitando ainda mais a polêmica.
Este foi o segundo maior massacre da história do país, com menos mortos apenas que o atentado que matou 32 pessoas na Virginia Tech em 2007. O suspeito teria entrado na escola com duas armas, que já foram recolhidas pelos policiais. Uma delas, de acordo com a AP, seria um rifle calibre 223.
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