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Tufão mais violento do ano atinge as Filipinas e deixa três mortos

Do UOL, em São Paulo

08/11/2013 09h10

Pelo menos três pessoas morreram e mais de 125 mil foram evacuadas no centro das Filipinas, nesta sexta-feira (8), após a chegada do tufão Haiyan, que castiga o país com rajadas de vento de até 315 km/h.

Duas pessoas foram eletrocutadas por linhas destruídas pelo ciclone. O terceiro morto foi vítima de um raio, segundo Reynaldo Balido, porta-voz da agência de gestão de catástrofes naturais. Uma quarta pessoa está desaparecida.

Além disso, sete pessoas ficaram feridas, a maioria pela queda de objetos, informou  Balido.

Tufão que atingiu as Filipinas é considerado o mais violento do ano

O órgão governamental também informou que cerca de 125 mil pessoas de 22 províncias filipinas tiveram que ser enviadas para os 109 abrigos disponibilizados pelo governo .

O tufão Haiyan, também chamado de Yolanda pelas organizações filipinas, anunciado como o ciclone mais violento do ano, começou a atingir as Filipinas na manhã desta sexta-feira, provocando inundações e destruindo edifícios em regiões do centro do arquipélago.

Haiyan tocou terra na cidade costeira de Guiuan às 4h40, hora local (18h40 de quinta-feira, horário de Brasília), com ventos de até 315 k/h.

O tufão agora se encontra sobre a ilha de Samar, 600 km a sudeste de Manila, depois de chegar em terra na cidade costeira de Guiuan, um porto pesqueiro com 40 mil pessoas e que pode ter sofrido danos catastróficos, segundo o meteorologista americano Jeff Masters.

As forças dos ventos converte Haiyan, de categoria 5, a mais alta, num dos ciclones mais violentos do mundo e no mais potente a tocar em terra em toda a história, segundo Masters.

Quase toda a região de Visayas Oriental está sem energia elétrica. A companhia de energia das Filipinas informou em comunicado que pelo menos três de seus centros na região deixaram de operar.

No total, 58 províncias do arquipélago estão sob alerta de tempestades, das quais 21 estavam em alerta vermelho, informou em seu relatório o Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres.

Por sua parte, a Guarda Costeira das Filipinas informou que cerca de 3.000 pessoas ficaram presas em vários portos marítimos da região afetada.

Além disso, a companhia aérea filipina Cebu Pacific cancelou um total de 122 voos nacionais e internacionais.

Os governos locais de várias províncias suspenderam as aulas e a Guarda Costeira pediu que todas as embarcações não saíssem ao mar.

O governo filipino anunciou na quarta-feira (6) que tinham disponibilizado embarcações de resgate, ajuda de emergência e provisões médicas em locais estratégicos.

O presidente filipino, Benigno Aquino, advertiu também na quinta a população para que se preparasse para a chegada da tempestade.

"A nossos dirigentes locais: seus habitantes enfrentam um grave perigo. Façamos tudo o que podemos enquanto o Haiyan ainda não atingiu o país", declarou Aquino em um discurso transmitido pela TV.

O tufão não passará por Manila, mas a capital das Filipinas poderá sentir seus efeitos.

Cerca de 16 milhões de pessoas, entre elas 12 milhões nas Filipinas, se encontram na trajetória do tufão. O ciclone atravessará o Laos e o Vietnã no domingo.

A temporada de tufões nas Filipinas, que começa normalmente em junho e termina em novembro, tem entre 15 e 20 ciclones por ano. (Com AFP e Efe)