Hollande diz que 'vários ataques' terroristas foram frustrados recentemente
O presidente francês, François Hollande, afirmou que nas últimas semanas "vários ataques foram frustrados" pelas forças de segurança do país. Ele deu a informação durante uma entrevista após o ataque à sede da revista satírica "Charlie Hebdo" nesta quarta-feira (7), que deixou vários mortos e feridos. Segundo ele, o governo sabia que a França estava sendo ameaçada, "assim como outros países do mundo".
"Um ataque foi cometido contra um jornal, contra jornalistas que sempre quiseram mostrar que podiam agir, na França, para defender suas ideias. Havia policiais para protegê-los. Eles foram mortos covardemente. Onze pessoas estão mortas, quatro em situação de urgência absoluta. Há 40 pessoas que estão protegidas e salvas", declarou Hollande.
O presidente Hollande afirmou que o ataque à revista "Charlie Hebdo" foi "terrorismo". "Os autores desses atos serão perseguidos. A França está em choque por um atentado terrorista porque foi isso que aconteceu."
Ele ainda definiu o atentado como "um ato de uma barbárie excepcional".
"Teremos nas próximas horas o balanço exato [de mortos]. Eu reunirei no Elysée os ministros e responsáveis que estão preocupados com a proteção que nós devemos garantir em todos os lugares onde os mesmos atos possam acontecer", prosseguiu.
A França elevou para o nível mais alto o status de segurança em Paris. "Devemos reagir com firmeza, mas com a preocupação da unidade nacional. Estamos em um momento difícil, vários atentados foram evitados, nós sabemos que nós estávamos sendo ameaçados porque nós somos um país de liberdade. Ninguém pode pensar que pode atuar contra os valores da República."
Um ataque dessas proporções não era registrado desde 25 de julho de 1995, quando oito pessoas foram assassinadas em Paris.
Apoio mundial
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, se solidarizou com a França: "Horror e consternação pelo atentado em Paris. Estou totalmente próximo a François Hollande e Anne Hidalgo neste momento terrível. A violência perderá sempre contra a liberdade e a democracia", afirmou sobre o ataque.
Já o premiê do Reino Unido, David Cameron, disse que os autores do atentado são "doentes".
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