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Jovem branco assume massacre e diz que queria "guerra racial" nos EUA

Jason Miczek/Reuters
Imagem: Jason Miczek/Reuters

Do UOL, em São Paulo

19/06/2015 10h12

O jovem norte-americano Dylann Storm Roof, de 21 anos, suspeito de cometer um massacre em uma igreja da Carolina do Sul, confessou o crime nesta sexta-feira (19) e admitiu que queria iniciar uma "guerra racial", segundo diversos meios de imprensa americana.

Em sua conta no Twitter, a polícia da Carolina do Sul informou que Roof foi indiciado pelo assassinato de 9 pessoas e pela posse de armas, após uma audiência judicial nesta manhã.

Uma segunda audiência julgará o direito a fiança nesta tarde.

Uma fonte da polícia teria dito à CNN que Dylan Roof contou aos investigadores que ele "queria começar uma guerra racial" quando foi até a igreja na noite de quarta-feira e abriu fogo contra um grupo de estudo da Bíblia.

"Até o momento, estamos conseguindo cooperação", afirmou outra fonte à afiliada local da ABC, a WCIV.

Duas fontes também confirmaram à NBC News que Roof confessou ser o autor da morte de nove negros.

Roof abriu fogo contra a Emanuel African Methodist Episcopal Church, igreja dos anos 1800 frequentada principalmente por negros na cidade de Charleston, na noite de quarta-feira (17). O massacre deixou nove mortos, sendo seis mulheres e três homens.

O presidente Barack Obama fez um pronunciamento nacional criticando a facilidade com que pessoas  têm acesso a armas de fogo no país.

A governadora da Carolina do Sul, a republicana Nikki Haley, pediu, por sua vez, a aplicação da pena de morte ao atirador, de acordo com a rede NBC.

"Nós definitivamente queremos que ele pegue a pena de morte", afirmou Haley à rede NBC.

O FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão investigando o massacre como "crime de ódio".

Segundo a polícia, o jovem teria entrado na igreja por volta das 21h locais e ficado por cerca de 1 hora ao lado de fiéis que ouviam uma leitura da Bíblia. Em seguida, ele abriu fogo contra as pessoas.

Uma das vítimas é o reverendo e senador democrata Clementa Pinckney, que era amigo próximo de Obama e Michelle, de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz. Desde o ano passado, os Estados Unidos enfrentam uma tensão racional envolvendo a morte de jovens negros por policiais brancos. (Com agências internacionais)