Moro autoriza envio da Força Nacional para Moçambique
Integrantes da Força Nacional de Segurança vão a Moçambique para prestar assistência após o ciclone Idai ter devastado parte do país africano. A autorização para a ida de membros da equipe de busca e salvamento foi publicada em portaria assinada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União).
Com ventos de cerca de 170 km/h, o ciclone provocou inundações na cidade portuária de Beira, a segunda maior do país, há duas semanas. Segundo as autoridades de Moçambique, são registrados 468 mortos e cerca de 1.500 pessoas feridas.
Ao menos 20 integrantes da Força Nacional, com veículos e equipamentos, serão deslocados para Beira hoje à noite, embarcando no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, em avião da FAB (Força Área Brasileira). Essa é a primeira atuação da Força no exterior.
O Ministério das Relações Exteriores havia consultado Moro sobre a viabilidade do envio dos membros "para apoio em ação humanitária".
Moçambique já encerrou as ações de resgate e agora se concentra em buscas, ação que contará com o apoio do Brasil. Os enviados brasileiros são especialistas em "busca e salvamento, botes e outros equipamentos adaptados ao tipo de desastre que ocorreu naquele país", disse o Itamaraty.
A equipe deve atuar no local por 30 dias, com prazo contando a partir de hoje. Os trabalhos, porém, começam no domingo (31). O período, porém, poderá ser prorrogado.
Essa não é a única ajuda que o Brasil presta a Moçambique após a passagem do ciclone. Uma equipe de 20 bombeiros que atuaram nos trabalhos de buscas na tragédia em Brumadinho (MG) também viaja ao país africano hoje.
Já o ministério da Saúde enviou medicamentos para o atendimento de até 9.000 pessoas por um mês.
Além de Moçambique, o ciclone também atingiu outros dois países africanos: Zimbábue e Maláui. No total, o número de mortos nas três nações passa de 700.
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