Garota questiona policial em ato por Floyd: 'Vocês vão atirar na gente?'
Depois de uma garotinha viralizar por sua presença marcante em um protesto, gritando "sem justiça, sem paz", uma outra menina que foi com a família a um ato antirracista após a morte de George Floyd chamou a atenção. Durante a manifestação, ela se assustou com um policial e, chorando, questionou: "Você vai atirar na gente?".
O vídeo da criança de 5 anos, chamada Simone, foi postado no Twitter e viralizou. A resposta do policial também foi destacada. Ele abraçou a garotinha, negando que ela estivesse em perigo.
"Nós estamos aqui para proteger você, OK? Não vamos te machucar de forma alguma. Você pode protestar. Você pode festejar. Pode fazer o que quiser. Só não quebre nada", afirmou o oficial.
Simone Bartee, de 5 anos, disse em entrevista a uma afiliada da rede de TV CBS que estava "um pouco assustada".
"O que me pegou foi o fato de ele tê-la abraçado. Ele não precisava ter feito aquilo. Ele poderia ter apenas olhado para ela, como os outros policiais. Eu acho que ele estava genuinamente preocupado com a segurança e, mais importante, com os sentimentos dela", disse a mãe de Simone, Sion.
Protestos e consequências
Ontem aconteceu o décimo dia de atos contra o racismo nos Estados Unidos, marcado pelas homenagens durante o funeral de George Floyd. O ex-segurança, um homem negro morto, foi morto após uma abordagem policial - um dos oficiais ficou oito minutos ajoelhado sobre o pescoço da vítima, acusada de usar uma nota de dinheiro falsa.
As manifestações de ontem nos EUA se repetiram de forma pacífica, até por volta das 22h, quando policiais de Nova York se voltaram contra os manifestantes. Imagens mostraram policiais empurrando manifestantes e profissionais da imprensa que cobriam os atos. Mais pessoas foram detidas, somando os mais de 10 mil presos contabilizados pela agência Associated Press.
O policial Derek Chauvin, filmado sobre o pescoço de Floyd está preso em um centro de segurança máxima. Os outros três policiais acusados pela morte de Floyd apareceram ontem no tribunal. O procurador-geral de Minnesota, Keith Ellison, informou que eles são acusados de homicídio, por facilitarem a ação de Chauvin.
Um juiz estabeleceu uma fiança de 1 milhão de dólares para eles, que seria reduzida para US$ 750 mil se eles concordassem com certas condições, inclusive a de abrir mão de quaisquer armas de fogo pessoais. Eles devem voltar ao tribunal em 29 de junho.
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