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EUA: Jacob Blake deixa hospital seis semanas após ser baleado pela polícia

Jacob Blake deixa hospital seis meses após ser baleado pela polícia e vai para centro de reablitação - Reprodução/Twitter
Jacob Blake deixa hospital seis meses após ser baleado pela polícia e vai para centro de reablitação Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

07/10/2020 17h12

Jacob Blake deixou o hospital em Milwaukee, Wisconsin após seis e foi transferido para um centro de reabilitação de coluna vertebral em Chicago, Ilinois. Em 23 de agosto, Blake foi baleado com sete tiros nas costas pelo policial Rusten Sheskey, na cidade de Kenesha, a 51 quilômetros de Milwaukee. Pelo ocorrido, ele ficou com os movimentos paralisados abaixo da cintura.

"Ele está em um centro de reabilitação de lesão medular em Chicago", informou seu advogado, Patrick Cafferty ao canal norte-americano CBS. Não foram dados mais detalhes, como a data de transferência ou por quanto tempo ficará em tratamento.

Os disparos atingiram o estômago, rins, fígado, cólon e intestino delgado de Blake. O acontecimento tomou grandes proporções e desencadeou uma série de protestos na cidade e paralisou a NBA por três dias, após o boicote iniciado pelo Milwaukee Bucks e acompanhado por outros times da liga.

Outra medida polêmica do departamento policial local foi algemar Blake na cama de hospital. Segundo o Gabinete do Xerife de Milwaukee, a atitude foi tomada como medida preventiva por outros mandados criminais, que exigiam restrições enquanto ele estivesse sob custódia. No dia 28 de agosto, após pagamento de fiança, as algemas foram retiradas, segunda a polícia.

Em 5 de setembro, o advogado de direitos civis Ben Crump compartilhou um vídeo em sua conta no Twitter, onde Blake dizia: "Sua vida, e não apenas sua vida, suas pernas, algo que você precisa para se mover e avançar na vida, pode ser tirado de você assim", afirmou. "Fiquem juntos, ganhem algum dinheiro, tornem tudo mais fácil para o nosso pessoal lá fora, cara, porque há muito tempo perdido."

O caso ainda está sob investigação do Departamento de Justiça de Wisconsin.