Presidente da França, Emmanuel Macron é diagnosticado com covid-19
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi diagnosticado com a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, informou a Presidência da França em um comunicado hoje.
"O Presidente da República foi diagnosticado positivo para covid-19 hoje. Este diagnóstico foi feito após um teste de PCR realizado no início dos primeiros sintomas", diz a nota.
A presidência disse que Macron, 42 anos, ficará isolado nos próximos sete dias mas continuará a trabalhar, exercendo suas funções remotamente. Ele faz aniversário no próximo dia 21.
A primeira-dama, Brigitte Macron, 67, já tinha estado em contato com um caso positivo em outubro e também precisou ficar isolada. O resultado do seu teste, entretanto, foi negativo.
Como faz parte do grupo de risco, ela deverá ficar afastada do presidente nos próximos dias. A primeira-dama, que não tem sintomas, realizou um teste nesta terça-feira (15) antes de visitar a ala pediátrica de um hospital parisiense. O resultado foi negativo.
O primeiro-ministro do país, Jean Castex, também entrou em quarentena por ter tido contato com Macron. O premiê deveria apresentar hoje a estratégia de vacinação da França. O ministro da Saúde, Olivier Véran, o substituiu na sessão e disse ter um "pensamento especial" para o presidente da República.
A viagem de Macron ao Líbano, na próxima terça e quarta-feira, onde deveria passar o Ano Novo com militares franceses, também foi cancelada.
Almoço com premiê português
Macron almoçou ontem com o primeiro-ministro português, Antonio Costa, depois de ter participado, pela manhã, de um Conselho de Ministros. Na terça-feira (15) ele também se encontrou com Peter Maurer, presidente do comitê internacional da Cruz Vermelha.
Na semana passada, o presidente francês viajou a Bruxelas, na Bélgica, para participar da cúpula da União Europeia.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente do Conselho Europeu, que tiveram contato recentemente com Macron, também iniciaram um período de isolamento preventivo.
Além de Macron, outros líderes políticos já contraíram a doença, como o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Os outros dois últimos precisaram ser hospitalizados em razão da doença.
Restrições
A França decidiu manter importantes restrições de movimento porque os números de contágios continuam elevados e podem piorar devido às celebrações de Natal e Ano Novo.
Ontem, por exemplo, o país registrou mais de 17 mil novos casos.
No momento, um toque de recolher está em vigor na França das 20h às 6h. Restaurantes, bares, cinemas, museus e outros centros de lazer estão fechados desde o fim de outubro.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a França registra mais de 2,4 milhões de casos de covid-19 e 59.472 óbitos.
* Com informações da RFI e da AFP
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