Jornal: Ativistas pró-Trump organizaram invasão em redes sociais de direita
A invasão ao prédio do Congresso americano que provocou caos e deixou uma pessoa morta hoje em Washington, nos Estados Unidos, foi organizada por redes sociais consideradas de direita. Segundo o jornal The New York Times, os manifestantes pró-Trump fizeram publicações e trocaram comentários nas horas que antecederam a ação, conversando até sobre levarem armas.
Os apoiadores do presidente Donald Trump utilizaram prioritariamente as redes sociais Parler e Gab, que começaram a ser usadas por grupos de direita nos últimos meses como alternativas ao Facebook e Twitter. O motivo é a moderação maior que as redes tradicionais começaram a aplicar aos seus usuários.
Segundo a reportagem do jornal americano, os apoiadores de Trump começaram a intensificar as publicações sobre a possível invasão logo após o presidente encerrar um comício que fez no início da tarde, próximo à Casa Branca.
Em um palco e falando para centenas de pessoas, Trump voltou a questionar sua derrota para a democrata Joe Biden nas últimas eleições. Ao fim do discurso, convocou os apoiadores a marcharem em direção ao Capitólio, prédio que abriga tanto a Câmara dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados brasileira, como o Senado americano.
Prontamente, os apoiadores começaram a repercutir o chamado do presidente e trocaram mensagens sobre qual caminho seguir para evitar a polícia. Além disso, usuários das redes sociais de direita falaram abertamente sobre levarem armas para os corredores do Capitólio.
No Gab, os manifestantes documentaram com publicações a invasão a gabinetes de deputados, incluindo o da democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara e adversária política do republicano Trump. No escritório de Pelosi, eles vandalizaram itens e deixaram um bilhete que dizia: "Nós não vamos recuar".
Outros usuários publicaram vídeos na rede social questionando onde estaria o vice-presidente Mike Pence, que foi alvo de Trump no discurso de pouco antes e também em uma publicação no Twitter. No post, o presidente disse que Pence "não teve coragem" para questionar a eleição de Biden.
Pence estava presente hoje na sessão que acontecia pouco antes da invasão ao Congresso, quando os parlamentares e o vice-presidente estavam reunidos para certificar a vitória de Biden.
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