Homem que vivia em metrô que desabou é reencontrado por família após 7 anos
Um homem de 36 anos que vivia embaixo do viaduto do metrô que desabou na Cidade do México, na última terça-feira (4), escapou da morte por pouco e foi reencontrado pela família depois de sete anos sem notícias, graças a uma entrevista que concedeu logo depois da tragédia, e que viralizou nas redes sociais.
Miguel Ángel Córdova Córdova estava embaixo da ponte por onde se passa a Linha 12 do metrô, na capital mexicana, quando tudo veio abaixo. Miguel —que prefere ser chamado de "Angie"— e outros moradores de rua tiveram pouco tempo para correr. O acidente que aconteceu entre as estações Olivos e Tezonco deixou 23 mortos e 73 pessoas internadas.
"Não tivemos tempo nem para retirar as nossas cobertas. Saímos correndo. Foi um desespero. Horrível", contou ele.
Após o acidente, Miguel concedeu uma entrevista a um veículo local chamado "Ruido de la Red" e o vídeo —daquele morador de rua que se expressava bem e falava até mesmo sobre a política mexicana— chamou a atenção das redes sociais. A equipe então decidiu retornar ao local para entrevistá-lo novamente e conhecer um pouco mais de sua história. Conseguiram encontrá-lo depois de três horas.
O vídeo viralizou, e a entrevista chegou até a sua família que dizia não ter informações sobre o rapaz há cerca de sete anos e já o dava como morto.
Miguel nasceu em Nacajuca, Tabasco, mas vive nas ruas da Cidade do México há dez anos. Contou que tem 9 irmãos, mas não gosta de falar sobre alguns parentes. Antes de chegar à capital mexicana passou por outras cidades, como Salamanca, em Guanajuato, onde viveu vários anos em um asilo chamado San Vicente. Lá trabalhou, estudou o ensino fundamental e descobriu seu amor pela leitura ao "devorar" os livros de Sor Juana Inés de la Cruz, Teresa de Ávila e outras autoras.
Na entrevista, Miguel disse que muda de lugar sempre que se sente desconfortável, mas que agora está cansado. "Me sinto feliz com apenas $ 5 pesos mexicanos (R$ 1,31, na cotação atual)", garantiu ele.
Nas redes sociais, um dos irmãos de Miguel pediu ajuda para chegar até ele e mostrou documentos que comprovariam o suposto parentesco.
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