Russos no leste da Ucrânia não representam invasão, diz funcionário dos EUA
Um funcionário do governo dos EUA afirmou hoje a jornalistas que o envio de soldados russos às regiões separatistas da Ucrânia para a chamada "missão de manutenção de paz", ainda não constitui uma nova invasão. Por isso, a atitude dificilmente desencadearia um pacote de sanções mais amplo à Rússia.
"Esta não é uma nova invasão, pois é um território que eles já ocuparam", disse o funcionário.
Além disso, o membro do governo norte-americano garantiu que serão mantidas as tentativas diplomáticas para resolver a situação na região. Mas os EUA continuam esperando que os russos possam se deslocar entre hoje à noite ou amanhã para Donbass.
"As tropas russas se deslocando para Donbass não seria em si um novo passo. A Rússia teve forças na região de Donbas nos últimos oito anos. Eles estão agora tomando decisões para fazer isso de uma maneira mais aberta", completou.
Hoje, o presidente russo, Vladmir Putin, reconheceu dois territórios separatistas apoiados por Moscou, a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, e depois enviou militares pacificadores para a região.
A Casa Branca anunciou, imediatamente após a decisão de Putin, que impediria o investimento dos EUA nas áreas separatistas. Além disso, informou que medidas adicionais seriam anunciadas amanhã, em acordo com outros países.
Putin envia missões de paz a territórios rebeldes da Ucrânia
O presidente da Rússia ordenou que soldados russos entrem na Ucrânia para a chamada "missão de manutenção de paz". O decreto assinado por Putin diz que as tropas devem permanecer no território ucraniano até que os dois estados separatistas assinem tratados sobre "amizade, cooperação e ajuda mútua".
Os líderes dos dois territórios haviam pedido nesta manhã ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que reconheça a independência das duas áreas e ative uma "cooperação em matéria de defesa".
Na semana passada, a medida foi aprovada pela Duma (Câmara Baixa da Assembleia Federal da Rússia), mas um porta-voz do Kremlin afirmou que ela violaria os acordos de Minsk de 2014 e 2015, que visavam encerrar conflitos entre forças do governo ucraniano e rebeldes.
* Com informações de Reuters
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