Rússia está a caminho de reunião para 2ª rodada de negociações com Ucrânia
A delegação da Rússia já está a caminho da reunião com a comitiva da Ucrânia para uma nova rodada de negociações em relação à guerra entre os dois países.
Mais cedo, o secretário de imprensa da Rússia, Dmitry Peskov, disse que o Kremlin está aberto às tratativas com o país vizinho e que as autoridades russas esperariam os ucranianos até a noite de hoje. A Ucrânia ainda não confirmou que partiu para o encontro.
A segunda reunião que deve ocorrer hoje entre os altos escalões da Rússia e da Ucrânia foi marcada após a primeira, realizada anteontem, terminar sem um acordo de cessar-fogo.
Petrov não antecipou quais assuntos podem ser discutidos na reunião nem onde ela ocorreria. "Todas as condições necessárias para resolver essa situação foram claramente formuladas pelo presidente da Rússia", acrescentou.
Conforme noticiou a agência estatal russa RIA Novosti ontem, a nova reunião deve acontecer na fronteira entre Belarus e Polônia. A agência cita como fontes membros do alto escalão diplomático da Ucrânia que não foram identificados.
Autoridades ucranianas confirmaram que haverá a reunião. "Negociações ocorrerão hoje à noite. Esta será a segunda rodada. Eu acho que vai ser a mesma coisa. Nada vai mudar. Nós continuamos com a nossa posição", disse o conselheiro-chefe do gabinete da presidência da Ucrânia, Aleksey Arestovich.
Antes da primeira rodada de negociações, a Ucrânia disse que pediria um "cessar-fogo imediato" e a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, por sua vez, se reuniu com sua equipe econômica durante as tratativas.
Os comunicados oficiais russos não são claros sobre os assuntos trazidos pela Rússia, mas eles indicam que os temas principais foram as sanções aplicadas pela comunidade internacional.
Sétimo dia da guerra: ataque a prédio da polícia em Kharkiv
O sétimo dia da guerra entre a Rússia e a Ucrânia começou com um bombardeio, ainda durante a madrugada, ao prédio da polícia de Kharkiv. O ataque deixou a estrutura do edifício parcialmente destruída e a parte superior pegou fogo. Não houve registro de mortos, mas três pessoas ficaram feridas.
Mais tarde, as forças comandadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, disseram que tomaram Kherson, cidade localizada no sul da Ucrânia e próxima à península da Crimeia.
"As divisões russas das Forças Armadas tomaram o controle total do centro regional de Kherson", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Igor Konashenkov. Ontem, o Exército russo já estava instalado em pontos de controle na entrada da cidade.
Em mensagem publicada em canal no Telegram, a Administração Regional de Kherson comentou os "tiros e explosões" que foram registrados ao longo da madrugada, mas diz que a cidade foi cercada, não tomada: "Todos vocês sabem que a cidade está completamente cercada pelo inimigo."
Após as novas ofensivas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia quer "apagar" a história de seu país. Em novo pronunciamento publicado em seus canais nas redes sociais, ele voltou a pedir que os países não fiquem neutros na guerra.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia de atacar jardins de infância e orfanatos. "Putin está em guerra com as crianças", escreveu no Twitter.
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