Ataque aéreo da Rússia em Sumy deixa ao menos 21 mortos, diz Ucrânia

Ao menos 21 pessoas morreram após um ataque aéreo à cidade de Sumy, localizada a cerca de 330 quilômetros de Kiev, ontem, segundo novo boletim divulgado hoje pela promotoria regional no Facebook. Entre os mortos estão duas crianças. Segundo o serviço de emergência da Ucrânia, os ataques ocorreram em uma área residencial e vários prédios foram atingidos durante o bombardeio.

O ataque ocorreu um dia antes de um corredor humanitário ser aberto em Sumy e em meio à expectativa de que esteja próximo um acordo de trégua entre Rússia e Ucrânia.

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Ontem, a Rússia condicionou o cessar-fogo à rendição de Kiev, a mudança na constituição da Ucrânia prevendo que ela nunca se junte à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou à União Europeia, além de reconhecer a Crimeia e os territórios de Lugansk e Donetsk.

Além desse ataque a Sumy, a Ucrânia ainda contabiliza vários outros ataques sofridos nas últimas horas. As chamas em um depósito de petróleo foram apagadas nesta manhã em Chernyakiv, a cerca de 165 quilômetros a oeste da capital.

O incêndio começou após um ataque das forças russas. Em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, e em Mykolaiv, a cerca de 480 quilômetros a sul de Kiev, áreas residenciais foram atingidas por bombardeios. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o número de refugiados em razão do conflito na Ucrânia deve superar a marca de 2 milhões de pessoas entre hoje e amanhã.

Corredor em Sumy

A rota para evacuação em Sumy aberta hoje será para as cidades ucranianas de Golubivka, Lokhvytsia, Lubny e Poltava, segundo o chefe da Administração Regional de Sumy, Dmytro Zhyvytsky.

O corredor deverá operar, no horário local, das 10h às 21h (das 5h às 16h, no horário de Brasília), segundo o governo ucraniano, que diz que serão evacuados civis e estudantes estrangeiros. Ontem, a Rússia prometeu trégua em cinco cidades ucranianas. Vereshchuk enfatizou que nenhuma outra rota de evacuação foi acordada, segundo relato do veículo de imprensa ucraniano Ukrinform.

"Pedimos à Rússia para manter seu compromisso de cessar-fogo, abster-se de atividades que ponham em risco a vida das pessoas e permitir a entrega de ajuda humanitária", disse, em seu perfil no Twitter, Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia.