Inteligência dos EUA: limitar espaço aéreo não protegeria Ucrânia da Rússia
Apesar dos pedidos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de maior proteção ao espaço aéreo do país em meio à invasão da Rússia, a inteligência dos Estados Unidos disse hoje que a medida não seria muito eficaz. As informações são da CNN norte-americana.
O diretor da Agência de Inteligência de Defesa, tenente-general Scott Berrier, falou que as forças russas utilizam "uma combinação de principalmente mísseis, artilharia, lança-foguetes múltiplos" contra o país vizinho.
Assim, são poucas as munições que "estão sendo lançadas de aeronaves", reforçando que proibir o espaço aéreo ucraniano não traria muita segurança adicional.
Nos primeiros dias da guerra, Zelensky cobrou que os países ocidentais criassem uma "zona de exclusão aérea" militarizada nos céus da Ucrânia. A ação, segundo ele, impediria uma ofensiva da Rússia.
Citando os nomes de Emmanuel Macron, presidente da França; Joe Biden, presidente dos Estados Unidos; e Olaf Scholz; chanceler da Alemanha, Zelensky disse que fez "20 ligações com líderes internacionais todos os dias" para pleitear as demandas ucranianas.
Reuniões ainda sem solução
A reunião entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da Rússia, Sergei Lavrov, hoje na Turquia terminou sem um acordo sobre um cessar-fogo de 24 horas. Os chanceleres também não chegaram a um consenso a respeito de um corredor humanitário para evacuação de civis na cidade de Mariupol, que está cercada há mais de uma semana por tropas russas.
Em um pronunciamento feito logo após a reunião, Kuleba disse que seu homólogo russo não negou a possibilidade de cessar-fogo. Segundo o ministro ucraniano, Lavrov afirmou que iria conversar internamente sobre possível cessar-fogo.
Na segunda-feira, representantes da Rússia e da Ucrânia se reuniram para a terceira rodada de negociações para um possível cessar-fogo. Entretanto, o único acordo firmado foi de momentos de trégua para possibilitar a fuga de civis de algumas cidades ucranianas.
Um dia depois, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que aconteça uma "negociação honesta" com a Rússia para estabelecer o fim da guerra.
Hoje, a Ucrânia acusou os russos de não cumprirem o cessar-fogo temporário durante a evacuação de civis na cidade de Izium, no leste da Ucrânia, conforme disse o governador regional Oleh Synegubov. O acordo de cessar-fogo também foi desrespeitado em Mariupol.
Em Izium, apenas 1.600 pessoas conseguiram deixar a área em segurança.
15 dias de guerra
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chegou a 15 dias hoje com novos ataques russos a várias cidades ucranianas durante a madrugada. Foram registradas ofensivas nas cidades de Sumy, Kharkiv e Mariupol.
Em Kiev, capital da Ucrânia, as sirenes de emergência soaram várias vezes. Em meio aos novos ataques, a reunião de hoje entre ministros das Relações Exteriores da Rússia e Ucrânia terminou sem acordo para um cessar-fogo.
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