Otan estima que Rússia perdeu até 15 mil soldados na guerra com a Ucrânia
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estima que a Rússia já perdeu de 7 mil a 15 mil soldados desde o início da guerra com a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, segundo informações da agência de notícias AP citando um militar de alto escalão da organização em condição de anonimato. O conflito entre os dois países completou 28 dias hoje.
De acordo com a AP, o funcionário da Otan disse que a estimativa é baseada em informações de autoridades ucranianas e dados coletados em fontes abertas.
Desde o início do conflito, a Rússia tinha a expectativa de que a Ucrânia não ofereceria grande resistência às ofensivas, mas as tropas russas enfrentaram dificuldades não previstas.
Quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, o país fez ameaças de uma escalada nuclear se o Ocidente interviesse no conflito. Com o passar dos dias, no entanto, dezenas de países começaram a aplicar sanções e enviar auxílios financeiros e armamentos à Ucrânia.
Oficialmente, a Rússia informou poucas vezes o número de soldados mortos na guerra com a Ucrânia e tem adotado o discurso de que a "operação militar" está saindo de acordo com o planejado.
Na quarta semana de conflitos, porém, o país se encontra em meio a uma campanha militar desgastante e uma economia fragilizada por conta de sanções do Ocidente.
Rússia não vai vender petróleo e gás em dólar e euro
Para aliviar a situação, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que a Rússia deixará de aceitar pagamentos em dólares ou euros pelo fornecimento de petróleo e gás à União Europeia e aos Estados Unidos e deu às autoridades russas uma semana para aplicar o novo sistema em rublos. Ele se referiu aos integrantes do bloco e aos EUA como "países hostis".
"Tomei a decisão de aplicar um conjunto de medidas para passar para o pagamento em rublos do nosso gás fornecido a países hostis", disse o presidente russo em uma reunião ministerial. Segundo Putin, a medida foi tomada como forma de reagir ao congelamento de ativos russos por parte dos países ocidentais.
Os países ocidentais congelaram quase 300 bilhões de dólares de reservas russas no exterior. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou hoje que a medida é um "roubo".
Com a economia sentindo fortemente esses impactos, sobretudo com a desvalorização do rublo, o Banco da Rússia está tomando medidas para estabilizar a situação no mercado de câmbio.
Como o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, disse anteriormente, o governo preparou um plano para combater as medidas restritivas, que inclui cerca de uma centena de iniciativas. O valor do financiamento será de cerca de um trilhão de rublos.
Entre essas medidas está um decreto assinado por Putin que amplia os poderes das autoridades regionais na esfera socioeconômica. O documento também os obriga a aumentar os benefícios sociais, fornecer apoio direcionado aos cidadãos, garantir a estabilidade dos preços dos bens essenciais, controlar a situação no mercado de trabalho e reduzir as barreiras administrativas para as empresas privadas.
O presidente russo também anunciou um aumento nas pensões, um salário mínimo e salários para funcionários do Estado.
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