Rússia x Ucrânia: 33º dia tem cidade retomada e catástrofe em Mariupol
Esta segunda-feira (28) marca o 33º dia da invasão da Rússia à Ucrânia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse hoje à noite que a cidade de Irpin não está mais tomada pelos russos. Já o prefeito de Mariupol continua denunciando que o local está à beira de uma catástrofe humanitária. Ainda sem avanços na negociação de um cessar-fogo, os países retomarão reuniões presenciais a partir de amanhã.
"Irpin foi libertada. Muito bem! Sou grato a todos que trabalharam por este resultado", declarou Zelensky em transmissão feita nesta noite. O presidente também disse que a resistência na capital Kiev tem afastado as ofensivas russas do local. "Estamos recuperando o controle sobre o território ucraniano".
No entanto, o presidente afirmou que ainda é cedo para falar em segurança na região: "A luta continua".
Zelensky também observou que Mariupol, cidade portuária, continua sitiada. Mais cedo, a Ucrânia havia denunciado a Rússia por não permitir que nenhum corredor humanitário fosse aberto para a fuga de civis na região.
O prefeito de Mariupol, Vadim Boichenko, disse hoje que a cidade está "à beira de uma catástrofe humanitária". Ele denunciou que há mais de 100 mil pessoas sem acesso a água, alimentos e medicamentos no local.
Sequestro
Zelensky afirmou, em entrevista ao jornal The Economist, que alguns prefeitos ucranianos sequestrados durante a guerra foram mortos pelas tropas da Rússia. A Ucrânia fala em 14 prefeitos sequestrados desde o início do conflito. Ao menos dois deles foram libertados: o de Skadovsk, Oleksandr Yakovlev, e o de Melitopol, Ivan Fedorov.
Correspondente deixa a Ucrânia
O jornalista André Liohn, que atuou na cobertura como correspondente do UOL e da Folha de S.Paulo por cinco semanas, decidiu ontem deixar a Ucrânia. Ele relatou atos de censura por parte de forças policiais e criminalização de jornalistas pelo governo ucraniano.
"Ontem, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, decretou uma lei marcial que prevê até 12 anos de prisão para jornalistas que mencionem em seus artigos informações que possam, segundo o governo ucraniano, ser usadas pela Rússia para futuros ataques contra a Ucrânia.
Entre os pontos previstos na lei, jornalistas não podem mencionar locais, datas e outros dados específicos sobre eventos sem que autoridades da Ucrânia tenham antes autorizado a publicação", relata Liohn.
Sintomas de envenenamento
O oligarca bilionário Roman Abramovich, dono do Chelsea, e dois negociadores ucranianos apresentaram sintomas de envenenamento após uma reunião em Kiev, no início de março, para uma tentativa de chegar a um acordo de cessar-fogo. A informação é do jornal The Wall Street Journal.
Segundo o veículo, Abramovich viajou para Moscou, Lviv e outros locais de negociação. No sábado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que o dono do Chelsea "participou das negociações no estágio inicial".
Os Estados Unidos dizem que o risco de um ataque russo com armas químicas é "real", embora a inteligência americana tenha divulgado que Abramovich não foi envenenado. A Rússia, por outro lado, nega que tenha a intenção de utilizar armas químicas ou biológicas.
(Com AFP, Ansa, Reuters e RFI)
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