Rússia diz que país sofreu perdas 'significativas' de tropas na Ucrânia
A Rússia reconheceu nesta quinta-feira (7) que sofreu baixas importantes entre seus militares na Ucrânia, nas palavras do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que não especificou números de militares russos mortos no combate.
"Temos perdas significativas de tropas e é uma grande tragédia para nós", disse o porta-voz ao canal britânico Sky News em entrevista ao canal privado britânico Sky News, sem informar o número das baixas.
No dia 25 de março, o exército de Vladimir Putin reconheceu que havia perdido 1.351 soldados e que outros 3.825 ficaram feridos desde o início de sua ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro. Esta foi apenas a segunda vez que Moscou atualizou os números desde que os ataques começaram.
O primeiro boletim havia sido divulgado em 2 de março e anunciava 498 baixas no Exército russo e 1.597 feridos.
Questionado pelo canal privado, Peskov não quis responder à pergunta sobre quantos militares russos foram mortos na guerra, pois, segundo ele, os números de vítimas do país ainda não foram "duplamente confirmados".
Na sua primeira entrevista transmitida à mídia ocidental, Peskov também disse que a Rússia espera que "esta operação" atinja seus objetivos "nos próximos dias". Desde o início da invasão, o governo russo segue afirmando que realiza uma "operação militar especial" no território ucraniano.
"Nossos militares estão fazendo o possível para acabar com essa operação. E esperamos que nos próximos dias, no futuro próximo, esta operação atinja seus objetivos ou termine com as negociações entre a delegação russa e ucraniana", afirmou Peskov.
Bucha e ONU
Por outro lado, o porta-voz do presidente russo rejeitou as acusações de ter perpetrado um massacre na cidade ucraniana de Bucha.
"Insistimos que toda a situação em Bucha é uma insinuação bem encenada, nada mais. Os corpos encontrados não foram vítimas dos militares russos", disse ele sobre as dezenas de pessoas em roupas civis encontradas mortas após a retirada do exército russo.
Ele lamentou que a Assembleia Geral da ONU tenha votado a favor da suspensão da Rússia de seu Conselho de Direitos Humanos, mas alertou que Moscou "continuará defendendo seus interesses por todos os meios legais e nos explicando".
Dos 193 membros da assembleia, 93 votaram a favor, 24 contra e 58 se abstiveram, incluindo o Brasil. É a segunda suspensão de um país do conselho, depois da Líbia em 2011.
*Com AFP e Reuters
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