Corte de gás e ameaça de Putin marcam o 63º dia de Rússia x Ucrânia
O anúncio de corte do fornecimento de gás russo a Polônia e Bulgária foi criticado nesta terça-feira (27), 63º dia da invasão da Rússia à Ucrânia, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"O anúncio da Gazprom é outra tentativa da Rússia de nos chantagear com gás. Estamos preparados para este cenário. Estamos definindo uma resposta coordenada para toda a União Europeia. Os europeus podem confiar que estamos unidos e solidários com os Estados-Membros afetados", declarou.
A medida é uma retaliação do governo russo à negativa dos países em pagar pela energia em rublos e ao apoio à Ucrânia na guerra.
O presidente russo Vladimir Putin, também hoje, ameaçou países que tentam interferir no conflito: "Se alguém quiser intervir na situação na Ucrânia e criar uma ameaça estratégica, os ataques serão rápidos como um raio", afirmou.
A fala de Putin é mais uma resposta aos auxílios militares enviados por outros países à Ucrânia — sobretudo os Estados Unidos.
Moldávia
As autoridades da região separatista pró-Rússia da Transnístria, na Moldávia, anunciaram que o vilarejo de Cobasna, na fronteira com a Ucrânia, foi alvo de disparos.
O local abriga um grande depósito de munições do exército russo. Desde a década de 1990, com a dissolução da União Soviética, a região abriga 1.500 soldados russos. Uma agência de notícias russa publicou que há interesse de generais em utilizar a Transnístria como parte de um corredor que liga Donbass à Crimeia.
"Por suas ações, o inimigo está tentando cortar parte da região de Odessa e criar tensão em meio aos eventos", disse hoje Maksym Marchenko, chefe da administração militar na região de Odessa.
A Moldávia convocou ontem uma reunião de emergência para discutir os ataques. Os EUA também já afirmaram considerar que a Rússia possa invadir a Moldávia.
Ataques continuam
Em Mariupol, que continua sitiada pelos russos, o prefeito fez um apelo aos países europeus para que ajudem a reconstruir o município. A prefeitura estima ao menos 20 mil mortos no local desde o início do conflito.
O exército russo tomou o controle de algumas áreas no leste da Ucrânia: Velyka Komyshuavakha e Zavody, na região de Kharkiv, e de Zarichne e Novotoshkivske, na região de Donetsk. A informação foi divulgada pelo ministério ucraniano da Defesa na tarde de hoje.
Também foram registrados:
- Um ataque a um hospital em Sievierodonetsk (região de Lugansk), que deixou ao menos uma pessoa morta;
- Um incêndio provocado por bombardeios em Avdiivka (a 700 km de Kiev);
- Uma ponte destruída na região de Odessa;
- O vilarejo de Demydiv, ao norte de Kiev, foi inundado de propósito pelos ucranianos para atrasar o avanço de tropas russas, segundo o jornal The New York Times;
- Explosões no sul da Rússia, que ucranianos alegam ser "vingança" pela invasão.
Com informações da AFP, ANSA e Reuters
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