Rússia x Ucrânia: 82º dia termina com retirada de combatentes em Azovstal
Nesta segunda-feira (16), 82º dia da invasão da Rússia à Ucrânia, mais de 260 combatentes ucranianos foram retirados da usina siderúrgica de Azovstal, em Mariupol. O local estava cercado por forças russas desde o início do conflito e era apontado como o último reduto de resistência na cidade portuária.
Os combatentes, incluindo 53 feridos, deixaram o local em comboios de ônibus. A retirada ocorreu após um acordo entre a Rússia e a Ucrânia, que permitiu a abertura de corredores humanitários.
"Como resultado das negociações com os representantes dos militares ucranianos bloqueados no território da usina siderúrgica de Azovstal, se chegou a um acordo para a evacuação dos feridos", diz comunicado do Ministério da Defesa russo.
Novoazovsk e Olenivka, locais controlados por separatistas pró-Rússia, foram os destinos dos combatentes. O Ministério da Defesa afirmou que os ucranianos serão repatriados por meio de um processo de troca com a Rússia.
Em vídeo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou: "Quero enfatizar que a Ucrânia precisa de seus heróis vivos. Este é o nosso princípio."
As autoridades ucranianas destacaram, no Facebook, que a resistência em Azovstal "impediu que os russos capturassem rapidamente a cidade de Zaporizhia".
"Os defensores de Mariupol são os heróis do nosso tempo. Ficarão para sempre na história", diz o texto.
Otan
Na Finlândia, a primeira-ministra do país, Sanna Marin, fez uma apresentação hoje ao Parlamento sobre o relatório para a adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O pedido de entrada na aliança militar também foi anunciado hoje pela Suécia, que debateu o assunto no Parlamento após a divulgação por parte da Finlândia.
"A Suécia ficaria sozinha fora da Otan em uma posição muito vulnerável", disse a primeira-ministra Magdalena Andersson. "Deixamos uma era para entrar em uma nova", acrescentou.
As decisões indicam o fim da neutralidade militar nos dois países.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que haverá uma "resposta" caso a Finlândia e a Suécia entrem na Otan.
"A expansão da infraestrutura militar para este território certamente causará nossa resposta", afirmou, de acordo com a estatal russa Tass. "Vamos analisar o que será [a resposta] com base nas ameaças que serão criadas para nós."
A Noruega, a Dinamarca e a Islândia fizeram um comunicado conjunto hoje e disseram que vão dar apoio à Finlândia e à Suécia caso os dois países sofram retaliações da Rússia por conta de seus pedidos de entrada na aliança militar. A Turquia já anunciou que se opõe a adesão.
Com informações de AFP, Reuters e ANSA
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