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Turquia aceita apoiar pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia à Otan

Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica - Francois Lenoir/Reuters
Bandeiras de países membros da Otan em frente à sede da organização em Bruxelas, na Bélgica Imagem: Francois Lenoir/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/06/2022 16h03Atualizada em 28/06/2022 17h30

A Turquia concordou em apoiar os pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, segundo informou o presidente finlandês, Sauli Niinistö, em declaração reproduzida pela rede de TV britânica BBC, nesta terça-feira (28).

A mudança de posição da Turquia ocorre depois que os três países assinaram um memorando conjunto "para estender seu total apoio contra ameaças à segurança um do outro", durante encontro da cúpula da Otan em Madri, na Espanha.

Em Helsinque, Niinistö já havia adiantado ontem que as intensas conversas sugeriam que as coisas estariam "um pouco melhores do que há uma semana", mas que não faria previsões sobre nenhum tipo de acordo.

Em 18 de maio, os chanceleres de Suécia e Finlândia entregaram formalmente a Stoltenberg os pedidos de adesão de seus países à Otan, em um contexto marcado pelas ações militares russas na Ucrânia.

Contudo, a Turquia jogou rapidamente um balde de água fria no entusiasmo ao anunciar seu veto à adesão dos dois países à Otan. Qualquer entrada na aliança deve receber o consenso de todos os países.

O governo turco acusa Suécia e Finlândia de dar guarida a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em idioma curdo), uma organização considerada "terrorista" por Ancara.

Além disso, a Turquia denuncia que Suécia e Finlândia adotam um embargo de armas contra o governo de Ancara por seu papel no conflito militar na Síria.

A Suécia "não é e não será um santuário para terroristas", assegurou Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia, nesta segunda-feira em Bruxelas.