Após explosão de ponte, governo russo na Crimeia fala em desejo de vingança
Um dia após explosões destruírem parte da ponte Kerch, símbolo da ocupação russa na Crimeia, o governo de Vladimir Putin mandou reforçar neste domingo (9) a segurança no local e convocou mergulhadores para avaliar os danos do ataque. Autoridades da Rússia não apontam culpados, mas analistas acreditam que o ataque partiu da Ucrânia. O governador russo na Crimeia, Sergei Aksyonov, falou hoje que há "um desejo saudável de vingança".
"A situação é administrável - é desagradável, mas não fatal. É claro que as emoções foram desencadeadas e há um desejo saudável de vingança"
Sergei Aksyonov, governador russo na Crimeia
O presidente Putin também assinou um decreto para reforçar a segurança de outras infraestruturas críticas, como as linhas de fornecimento de eletricidade e gás natural para a Crimeia.
Uma comissão russa também será estabelecida para investigar as explosões.
A Ucrânia não assumiu a autoria do ataque, mas autoridades ucranianas comemoraram a explosão nas redes sociais.
O governo também pretende reforçar a proteção em outras infraestruturas críticas na península.
A ponte. A estrutura liga a Rússia à península da Crimeia, território ucraniano controlado pelo governo russo desde 2014. A obra é estratégica para o governo russo, porque serve para o transporte de pessoas e suprimentos do território russo para a Crimeia, que foi anexada há 8 anos pelo governo de Vladimir Putin.Vítimas. Segundo o Kremlin, o ataque deixou três mortos. A explosão do caminhão provocou um grande incêndio, colocando em chamas sete tanques de um trem que transportava combustível. Com o impacto, duas pistas para carros foram derrubadas, mas o trânsito já foi parcialmente retomado no local.
Repercussão. A explosão colocou embaixadores, negociadores e governos em estado de alerta máximo. Fontes em Moscou declararam ao colunista Jamil Chade, do UOL, que, diante do ataque, a perspectiva de muitos observadores e até de serviços de inteligência é de que o presidente Vladimir Putin será obrigado a reagir.
"Putin não pode e não vai deixar barato", afirmou um diplomata do mais alto escalão, no Kremlin. Há dúvidas se o ataque vai ser classificado pelos russos como exemplo de ameaça ao território nacional.
*Com informações de Deutsche Welle
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