Quem são os brasileiros mortos em Israel na guerra contra o Hamas
Nesta terça-feira (10), foram divulgados os nomes das duas primeiras vítimas brasileiras na guerra em Israel após o ataque terrorista do grupo extremista Hamas. Bruna Valeanu e Ranani Glazer estavam desaparecidos desde o último sábado, quando uma festa rave em que os dois estavam foi alvo de bombas e a invasão de membros do Hamas.
Ranani Nidejelski Glazer, 24 anos
O jovem foi a primeira vítima brasileira a ser confirmada pelo Itamaraty, ainda no início da manhã de hoje. Ranani Glazer estava presente com sua namorada, Rafaela Treistman, e um amigo na rave, que aconteceu próxima à faixa de Gaza. Ele conseguiu se abrigar em um bunker e chegou a gravar um vídeo relatando que presenciou uma situação que parecia uma "cena de guerra". No entanto, após o abrigo ser invadido, o rapaz desapareceu. Rafaela e o amigo também estavam no local, mas conseguiram se salvar.
Ranani era de Porto Alegre, mas morava em Israel e chegou a prestar serviço militar nas Forças de Defesas Israelenses. Atualmente ele trabalhava como entregador em Tel Aviv, mas chegou a ocupar cargos de editor de vídeos e designer, segundo foi relatado pela CNN. Em seu perfil, com quase 15 mil seguidores, é possível ver registros de Glazer na época em que serviu na Brigada Golani, uma infantaria do exército israelense.
Foi na rede social que ele também comemorou quando recebeu a documentação israelense. "Foi uma longa jornada. Meus amigos sabem o quanto eu esperei por esse dia. Obrigada a todos que estiveram aqui por mim, esse é só o começo. Finalmente israelense", escreveu o rapaz, que compartilhou por vezes seu gosto pela música eletrônica, raves e viagens.
Bruna Valeanu, 24 anos
A morte de Bruna foi confirmada pela sua família nas redes sociais. "Minha neném virou uma estrelinha no universo", publicou a irmã da jovem, Florica. O velório acontecerá na noite de hoje, em Petah Tikva, cidade nos arredores da capital Tel Aviv. Valeanu esteve presente na festa de música eletrônica e estava desaparecida desde o ataque do Hamas no local.
A brasileira nasceu no Rio de Janeiro, mas morava em Petah Tikva. Bruna estava cursando faculdade de comunicação e artes desde o ano passado, segundo o perfil dela no LinkedIn. Em entrevista ao UOL News, Fabio Erlich, professor de cultura judaica que dava aulas para Valeanu, falou sobre a estudante.
"Muitos jovens, quando eles vão crescendo, vão tentando buscar novas oportunidades. Bruna veio tentar buscar uma oportunidade diferente, outra qualidade de vida, uma vida com segurança. Tirando os momentos de guerra, a vida em Israel é muito segura", explicou o professor.
Fabio se mostrou muito tocado pela situação no geral, enviou as condolências para a família de Bruna e comentou sobre a difícil missão de se reerguer. "O nosso coração, nesse momento, está sangrando demais. Tenho certeza que a gente vai se recuperar, a gente vai se levantar e colher todos os cacos de vidro espalhados na nossa terra", falou em um trecho.
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