Novos bombardeios de Israel são registrados em área de civis em Gaza
Em meio à investigação sobre o bombardeio mortal ao Hospital al-Ahli de Gaza, novos ataques israelenses foram registrados na madrugada de hoje (18). Operações aéreas contra dois bairros de um campo de refugiados no norte de Gaza. No centro de Gaza, uma padaria foi atingida.
O que aconteceu
Pelo menos 40 pessoas foram mortas em ataques contra os bairros de Al-Qasab e Halima Al-Saadia em Jabalia, área de um campo de refugiados na região norte de Gaza. A informação é do Ministério do Interior de Gaza.
No sul de Gaza, pelo menos duas pessoas também foram mortas e outras sete ficaram feridas após bombardeio de Israel. Segundo o canal de notícias Al Jazeera, foguetes atingiram um apartamento residencial na cidade de Hamad, em Khan Younis.
Um vídeo postado no X (antigo Twitter) pela Al Jazeera mostra uma ambulância e pessoas correndo em direção a uma padaria. Até o momento não há confirmação de vítimas.
??????? ?????????? ???? ?????? ????? ??? ????? #??? #????? #?????_???????? pic.twitter.com/vk17GuSPFu
-- ??????? ?????? (@AJA_Palestine) October 18, 2023
Ataque a hospital em Gaza mata ao menos 500 pessoas
O ataque atingiu o Hospital Batista Al-Ahli Arab, localizado no centro da cidade de Gaza, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas. O grupo extremista acusou Israel e chamou o ato de "genocídio".
A maioria das vítimas é composta por mulheres e crianças, afirmou o Ministério da Saúde. O governo que administra a Faixa de Gaza atribuiu o ataque a Israel e chamou o ato de "crime de guerra", segundo nota obtida pela CNN.
Um médico que atua em Gaza afirmou que as pessoas foram ao hospital por considerarem o local como seguro frente os ataques da última semana à região, disse Ziad Shehadah à emissora Al Jazeera.
As pessoas deixaram suas casas pensando que eram mais perigosas e se mudaram para nossas escolas e hospitais para ficarem seguras. E, em um minuto, todas elas foram mortas em um hospital. O número de mortos neste momento é de mais de 500, mas acreditamos que esse número chegará a mais de 1.000. É um massacre.
Médico que atua na Faixa de Gaza, em entrevista a Al Jazeera
O hospital tinha centenas de "pacientes, feridos e pessoas deslocadas à força de suas casas devido aos ataques de Israel", dizem as autoridades palestinas.
Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeio do Hospital Al-Ahli Arabi no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeio. Deve-se notar que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos.
Comunicado das autoridades palestinas de Gaza a respeito de ataque a hospital
Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. "Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares", diz o Artigo 8 do Estatuto.
Israel acusa Jihad Islâmica, que também nega
Segundo Israel, houve um disparo em massa de foguetes da Jihad Islâmica em direção a Israel no momento do ataque ao hospital. Na rede social X, antigo Twitter, o porta-voz do Exército diz que as informações são da inteligência de Israel e de "diversas fontes do que dispomos".
Newsletter
DE OLHO NO MUNDO
Os principais acontecimentos internacionais e uma curadoria do melhor da imprensa mundial, de segunda a sexta no seu email.
Quero receberO primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu endossou o posicionamento do Exército. Na rede social X, ele escreveu que "aqueles que mataram as nossas crianças também matam suas próprias".
À Reuters, o porta-voz da Jihad Islâmica chamou a acusação de "mentira" e "invenção".
Isso é uma mentira e uma invenção, é completamente incorreto. Os ocupantes [o exército de Israel] estão tentando encobrir o crime horrível e o massacre que cometeram contra os civis.
Daoud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica, à Reuters
Deixe seu comentário