Conteúdo publicado há 7 meses

Análise: Fala sobre Argentina cortar relações com Brasil e China é risível

A fala de Diana Mondino, cotada para assumir o ministério das Relações Exteriores do governo de Javier Milei, de que a Argentina cortaria relações com o Brasil e a China, chega a ser risível devido à importância dos dois países para a economia argentina. A análise é de Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Uerj, em entrevista ao UOL News nesta terça (21).

Isso que ela está dizendo, na minha percepção e perspectiva, é algo irrealizável pelo o que o Brasil representa para a Argentina. A Argentina não tem como abrir mão do Brasil e da China. Chega a ser risível vermos declarações desse ponto vindo de alguém cotado ao Ministério de Relações Exteriores e Culto da Argentina Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Uerj

A política internacional dos países não se move dessa maneira. É difícil pensar em qualquer hipótese, por mais remota que seja, de ruptura da Argentina com a China e o Brasil, que são os dois maiores parceiros comerciais de quem a Argentina depende imensamente. Laços construídos há muito tempo Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Uerj

O professor destacou que não é um acerto que seja possível romper da noite para o dia ''pelo capricho de quem quer que seja''.

Vale lembrar que qualquer medida de política externa passa por um controle legislativo, onde, evidentemente, Javier Milei não terá qualquer tipo de amparo maior.Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Uerj

É jogo de cena, uma maneira de tentar afagar alguns apoiadores mais radicais e extremistas com o presidente eleito Milei, mas é algo inviável de ser levado do ponto de vista práticoPaulo Velasco, professor de Política Internacional da Uerj

Lula poderia rever decisão de não ir à posse de Milei; seria ato de grandeza, diz professor

Para o professor Paulo Velasco, Lula deveria comparecer a posse do presidente eleito na Argentina.

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Como estadista que é, seria um gesto de grandeza marcante ele ir à posse do Javier Milei, mesmo tendo que se deparar com a presença talvez um pouco constrangedora do Jair Bolsonaro, mesmo não tendo havido um pedido de desculpas formal. Seria recebido pelo mundo de maneira muito positiva como um país que se pretende, afinal de contas, ser líder na sua região. Se sou líder de uma região, é interessante que eu esteja na posse na figura de qualquer um, mesmo de figuras bizarras como a que até aqui tem sido o presidente eleito argentino, Javier Milei

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