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Lula critica demora por cessar-fogo em Gaza: 'Depois de 14 mil mortos?'

O presidente Lula (PT) criticou hoje a demora por um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas durante evento do programa Minha Casa, Minha Vida no Palácio do Planalto.

O que disse Lula

Lula tem sido uma das principais vozes internacionais por um cessar-fogo desde o começo do conflito, no início de outubro. Presidente criticou demora por um cessar-fogo entre Israel e Hamas. Em discurso, Lula listou alguns números da guerra e lamentou a demora.

Nós estamos vendo o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Um acordo ontem, depois de 14 mil mortos? Depois de quase 6 mil desaparecidos, depois de quase 6 mil crianças mortas? [...] Depois de tudo isso, os insanos que fizeram a guerra resolvem fazer um pacto de quatro dias, quando poderiam nem ter começado [os ataques].
Lula, sobre guerra

Ele não mencionou a fonte, mas os dados batem com os divulgados ontem (21) pelo Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) atualizados pela última vez na segunda (20), são cerca de 12.300 mortos.

Mais cedo, o presidente saudou o acordo de cessar-fogo na cúpula virtual do G20. "Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina", disse.

Lula também falou sobre falta de humanismo e fraternidade. Ao encerrar seu discurso, o presidente disse que o ser humano "nasceu para viver em comunidade", mas "na era em que nós estamos vivendo, nós temos que viver sozinhos".

O problema é que nós, seres humanos, estamos ficando desumanos. [...] A gente não está mais com nenhuma dosagem de humanismo dentro de nós, de sentimento, de fraternidade, de solidariedade.
Lula, em evento do Minha Casa, Minha Vida

Entenda o cessar-fogo

Israel anunciou ontem que aceitou fazer um acordo com o Hamas. A primeira leva de reféns deve ser libertada pelo grupo amanhã (23), de acordo com o Canal 12. A guerra com o Hamas se arrasta desde 7 de outubro, quando aconteceram os primeiros ataques no sul de Israel.

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Cessar-fogo aprovado pelo gabinete israelense visa à libertação de 50 reféns. A informação é do jornal The Times of Israel. O anúncio aconteceu após uma série de reuniões das autoridades do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

Expectativa é de que a pausa nos combates dure quatro dias. Neste período, serão libertados dez ou 12 reféns israelenses por dia, incluindo 30 crianças, oito mães e mais 12 mulheres, segundo um oficial israelense ouvido pelo jornal Haaretz.

Israel também concordou em libertar cerca de 150 palestinos. Condenados por homicídio ficam excluídos do acordo. A prioridade de liberação também é de mulheres e crianças.

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