Josias: Nomeação de irmã de Milei é erro crasso e prenúncio de crise
Ao nomear a própria irmã para a secretaria-geral do governo, o presidente argentino Javier Milei comete "um erro crasso" e já arma uma crise logo no início de sua gestão, avaliou Josias de Souza no UOL News desta segunda (11).
Manda a praxe que um presidente da República não deve nomear alguém que não possa demitir. Milei acabará tendo que afastá-la diante de alguma crise. Isso é prenúncio de crise. Por mais competente que seja, ela atrairá para dentro do seu gabinete na Casa Rosada todos os holofotes da imprensa. Ao nomear a irmã, tendo que revogar um decreto, Milei contratou uma crise.
Se ela começar a mandar mais do que o presidente, como parece ser o caso, evidentemente isso resultará em crise. Quando os dois começarem a se desentender, a crise ganhará proporções que forçarão Milei a afastar a irmã. É um gesto irrefletido de alguém que está encantado por ter chegado ao poder. É um erro crasso, que costuma dar em crise. Josias de Souza colunista do UOL
Para acomodar a irmã no governo, Javier alterou um decreto que impedia a escolha de familiares diretos para cargos da administração pública.
Irmã de Milei é "Carluxo com dois neurônios", diz Josias
Josias comparou Karina a Carlos Bolsonaro por sua forte influência e participação ativa nas redes sociais. Para o colunista, porém, a irmã de Milei apresenta algo a mais do que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Era natural que Milei fizesse isso, já que a irmã tem grande influência sobre ele, que a chama de 'chefe'. Ela deu as cartas durante a campanha. É um 'Carluxo com dois neurônios', com noção de redes sociais. Diferentemente do filho do Bolsonaro, ela tem noção de política. Josias de Souza, colunista do UOL
Tales: Milei mistura Collor e Bolsonaro e se arrisca aos problemas de ambos
Tales Faria traçou semelhanças entre o governo de Javier Milei e os de Fernando Collor e Jair Bolsonaro e alertou para os riscos que o presidente argentino corre no início de sua gestão. O colunista alertou para os problemas que o corte no número de ministérios, de 18 para 9, pode causar em áreas nevrálgicas do país, como a educação
[Ao reduzir o número de ministérios] Milei faz algo muito parecido com o Collor, que enxugou muito e criou um superministério da Infraestrutura, como Milei está fazendo. Fez um enxugamento bárbaro, mas durou dois anos no governo. O governo Milei é mistura dos governos Collor e Bolsonaro. É possível que ele acabe pegando os problemas dos dois. Tales Faria, colunista do UOL
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