'Ela ajudava os outros': médica de combate é encontrada morta na Ucrânia
A britânica Katherine Mielniczuk, que atuava como médica de combate na guerra entre russos e ucranianos, foi encontrada morta na Ucrânia, na manhã da véspera de Natal.
O que aconteceu
Ela tinha 26 anos e era voluntária no conflito há 18 meses. A organização Project Konstantin, que descreve sua atuação como humanitária, afirmou que a morte de Katherine "não está sendo tratada como suspeita". Kasia ou Apache, como era chamada por amigos, foi encontrada sem vida em sua cama na manhã de 24 de dezembro. Nenhum detalhe adicional foi divulgado até o momento.
Katherine se formou em Química no Reino Unido e trabalhava como instrutora e médica de combate. De acordo com um texto publicado em seu blog, Kasia afirmava atuar em atividades médicas e operacionais em um grupo Stay Safe UA. Ela também representava um grupo autodenominado Menace Medics, que oferece apoio logístico para médicos no front.
A família de Katherine diz que ela "ajudava os outros". O jornal britânico Daily Mail divulgou um comunicado assinado por seus familiares em que afirma que Kat "dedicou sua vida para ajudar os outros, como cientista, pesquisadora e amiga."
É impossível transmitir verdadeiramente a mulher incrível que Katherine era ou quão profunda e amplamente ela era amada e como sentiremos falta dela.
Texto de família de Katherine Mielniczuk
Campanha online
O corpo de Katherine Mielniczuk segue na Ucrânia. A organização Project Konstantin criou uma campanha de arrecadação online para sua família viajar até a Ucrânia e auxiliar com os custos de repatriação, segundo o texto. Até o momento, a iniciativa levantou cerca de 6 mil libras (R$ 37 mil) de 10 mil libras (R$ 60 mil).
Katherine pedia doações aos seus leitores. Em três publicações feitas em seu blog entre outubro e novembro, a britânica fez um breve diário de sua rotina na Ucrânia. Ela declarou em texto que um "soldado bêbado" bateu em seu carro e pediu a colaboração financeira para corrigir o reparo. "Não sei se pode ser consertado pela terceira vez, mas farei o possível para conseguir um veículo que resista a esses terrenos difíceis", escreveu. Kasia compartilhou também fotos de armas e cachorros na página..
Entendo que muitos estão reservados em apoiar a Ucrânia, dada a duração e complexidade da guerra. No entanto, meu trabalho e meus fundos concentram-se exclusivamente no tratamento dos gravemente feridos nos pontos de estabilização e na garantia da saúde ideal dos 200 estrangeiros na minha unidade.
Katherine Mielniczuk
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