Lula oferece inteligência brasileira para combate à crise no Equador
O presidente Lula (PT) voltou a oferecer ajuda da segurança pública brasileira ao presidente do Equador, Daniel Noboa, em telefonema hoje.
Como foi a conversa
Lula citou ajuda "por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança", segundo a Secom (Secretaria de Comunicação Social). É a primeira vez que os dois conversam por telefone desde que a crise de segurança explodiu no país vizinho, no início do mês.
No telefonema, Lula afirmou que o combate contra o crime organizado é um desafio comum entre os países e que é "agravado pela porosidade e extensão das fronteiras" brasileiras. O Brasil ocupa hoje a Secretaria Geral da Ameripol (Comunidade de Polícias das Américas), comandada pelo diretor-geral da Policia Federal brasileira, Andrei Rodrigues.
A embaixada do Brasil em Quito tem tentado a repatriação dos três filhos do brasileiro Thiago Allan Freitas, que foi libertado neste mês após ser sequestrado no Equador. A solicitação foi feita na semana passada pela embaixada após um pedido da família.
O que está acontecendo no Equador?
O país está sob estado de exceção desde a primeira semana do ano, quando o homem mais perigoso do país fugiu da prisão. É José Adolfo Macías Villamar, apelidado de Fito, líder da facção criminosa Los Choneros e condenado a 34 anos de prisão por crime organizado, narcotráfico e homicídio. Ele estava preso desde 2011.
Fito é suspeito de ter tramado o assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, em agosto do ano passado.
Outro chefe de facção também fugiu. Fabricio Colón Pico, do Los Lobos, havia sido preso no dia 5 sob suspeita de participar de um sequestro e de tramar um plano para assassinar a chefe do Ministério Público.
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