Alckmin diz que ataque de Israel contra civis em Gaza é 'inconcebível'
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, declarou nesta sexta-feira (1º) que o ataque contra civis na Faixa de Gaza viola os preceitos mais básicos de humanidade.
O que aconteceu
Alckmin disse que ficou "chocado" com a notícia do ataque contra civis palestinos. O vice-presidente usou as redes sociais para comentar a morte de mais de 100 palestinos durante a distribuição de ajuda humanitária em Gaza. "Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas", escreveu.
O vice-presidente afirmou ainda que impedir o acesso de indivíduos à ajuda humanitária "é inconcebível sob qualquer perspectiva". "E abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade", acrescentou.
Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária.
Geraldo Alckmin
Lutar pela paz, como defende o presidente @LulaOficial, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e?
-- Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) March 1, 2024
Palestinos morreram durante ação humanitária
Mais de 100 pessoas morreram durante distribuição de ajuda na madrugada de quinta-feira (29), disse o Hamas. Segundo o grupo extremista, vítimas que corriam até caminhões carregados de mantimentos foram atingidas por tiros. A informação foi atribuída pelo Hamas ao hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza.
Soldados de israelenses assumiram que efetuaram os disparos. As forças de Israel dizem que abriram fogo após terem se sentido "ameaçadas". Elas negam, porém, terem sido as responsáveis pelas mortes e dizem que as vítimas foram mortas pisoteadas pela multidão.
Após as mortes, ministro de Israel defendeu o fim de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O chefe da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, disse que militares "agiram de forma excelente contra uma multidão de Gaza que tentou prejudicá-los". Ele também afirmou que é "loucura" a manutenção do envio de itens básicos de sobrevivência ao território.
A embaixada de Israel em Brasília disse que as forças israelenses não atiraram contra o comboio de ajuda humanitária. Segundo o escritório da diplomacia israelense, os palestinos tentaram roubar comida de caminhões que ainda estavam em deslocamento. Por isso, os soldados deram tiros de aviso para o alto, a fim impedir que as pessoas continuassem sendo empurradas e pisoteadas.
Brasil subiu tom e acusou Israel de não ter "limite ético". Em comunicado emitido nesta sexta-feira (1º), o Itamaraty afirmou que tomou conhecimento "com profunda consternação, dos disparos por arma de fogo, por forças israelenses".
As cenas também foram denunciadas pela ONU e geraram críticas de especialistas em direitos humanos. Para o governo brasileiro, as aglomerações em torno dos caminhões que transportavam a ajuda humanitária "demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território".
O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. Comunicado do Itamaraty
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