Rússia avança sobre região de Kharkiv, na Ucrânia, e preocupa Casa Branca
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1. Joe Biden teme que Rússia esteja ganhando força. Segundo o The New York Times, o presidente americano teme que o avanço da Rússia na Ucrânia seja uma tentativa de alterar a trajetória da guerra. Vários fatores estão contribuindo para a progressão militar russa, incluindo o atraso no fornecimento de armas dos EUA para a Ucrânia e inovações tecnológicas de Moscou nas frentes de batalha, diz o jornal, acrescentando que autoridades americanas hesitam em fazer previsões sobre o conflito. A Ucrânia anunciou recuo de áreas próximas a Kharkiv. O exército do país informou que se retirou de algumas frentes no norte para evitar perdas. Nos últimos dias, as tropas russas abriram um avanço perto de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, tomando o controle de várias localidades. O governo ucraniano informou nesta manhã ter enviado reforços à região.
2. Biden envia ao Congresso pacote de US$ 1 bi em armas para Israel. Uma semana após reter o envio de 3,5 mil bombas para o exército israelense, por temor de que fossem usadas contra a população de Rafah, e ameaçar suspender o apoio militar ao país, o governo dos Estados Unidos notificou o Congresso sobre o fornecimento de novas armas a Israel. Segundo o The Wall Street Journal, que revelou a informação, o novo pacote incluiria munições para tanques e também veículos táticos. Os EUA vêm reiterando sua oposição à ofensiva em Rafah, na fronteira do Egito, afirmando que isso poderá causar um desastre humanitário. Israel continua bombardeado Rafah. De acordo com a ONU, 450 mil pessoas foram obrigadas a deixar a cidade.
3. Mais de 4 mil espécies de animais e plantas são vendidas ilegalmente no mundo. Relatório publicado pela ONU afirma que "o tráfico enorme tem prejuízos incalculáveis." A maioria dessas espécies está ameaçada de extinção. Além de causar o declínio da biodiversidade, o tráfico de animais e plantas abala os ecossistemas, compromete a luta contra as mudanças climáticas e coloca em risco os meios de subsistência de inúmeras comunidades, segundo as Nações Unidas. Redes de crime organizado atuam em várias partes do mundo. O documento afirma que na Amazônia traficantes de drogas ampliaram suas atividades e passaram a atuar no comércio ilegal de madeira.
4. O Google vai oferecer respostas geradas por Inteligência Artificial. O novo sistema será liberado para usuários nos Estados Unidos a partir desta terça. Com a mudança, muitos dos resultados de buscas do Google terão resumo produzido por IA no topo da página, antes da listagem de links. A empresa afirma que o objetivo é fazer o "trabalho braçal" de pesquisa para o usuário, que ganhará tempo ao não precisar analisar inúmeros links. O recurso deve estar em breve disponível em outros países e ainda não há uma data para a chegada ao Brasil. Criadores de conteúdo temem, no entanto, que a mudança provoque uma redução do tráfego para outros sites, já que as respostas formuladas pelo próprio Google ocuparão espaço de destaque na página de busca.
5. Banco do BRICS vai destinar R$ 5,7 bi para a reconstrução do RS. Os recursos serão destinados a obras de infraestrutura urbana e rural e também para "ajudar na retomada da vida gaúcha", declarou Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, a instituição financeira do grupo de países do BRICS+. Metade do valor será transferido ao BNDES para financiar pequenas e médias empresas e obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, além da prevenção de desastres no Rio Grande do Sul. No total, os aportes de grandes bancos multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, somam mais de R$ 15,6 bilhões, segundo o governo brasileiro. Os Estados Unidos anunciaram uma doação de R$ 770 mil ao estado para a compra de geradores de energia, itens de primeiros socorros, material de limpeza e produtos de higiene.
Deu no Financial Times: "Putin faz aposta na força da indústria militar russa para derrotar Ucrânia e Ocidente". O jornal britânico afirma que a surpreendente reorganização da Defesa russa - com a saída do ministro Sergei Shoigu e a nomeação de um economista Andrei Belusov para liderar a guerra contra a Ucrânia - indica que para Putin o conflito entrou em nova fase: a da batalha de recursos, de quem tem as cadeias de fornecimento de armas com melhor organização. Putin nomeou Belusov para otimizar os gastos militares, deixando claro que ele vai focar no fortalecimento da Defesa da Rússia, onde as fábricas trabalham em vários turnos para aumentar a produção de armas. É um momento em que a Rússia ganhou vantagem, suas forças avançam no Donbass e em Kharkiv enquanto o exército ucraniano aguarda a ajuda dos EUA, que demora a chegar. Leia mais.
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