Extrema direita vence 1° turno na França em votação com forte participação
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1. Extrema direita vence 1° turno na França pela primeira vez na história. Segundo o Ministério do Interior, o partido Reunião Nacional de Marine Le Pen obteve 33%. A Nova Frente Popular, aliança de esquerda, conquistou 28%, e o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20,8%. A direita moderada teve 10,7%. O comparecimento às urnas foi de quase 67%, a maior taxa em 40 anos. Há um recorde de distritos onde mais de dois candidatos conseguiram ir para o segundo turno: 306 dos 577. As discussões atuais são sobre as desistências dos terceiros colocados para barrar a direita radical, que tem chances de alcançar a maioria absoluta. A esquerda informou que sairá da disputa em todos os distritos onde está em terceiro lugar. Macron pediu uma ampla união democrata e republicana.
2. Para 72% dos americanos, Biden deveria desistir da candidatura, diz pesquisa. Após o criticado desempenho do presidente americano no debate contra Donald Trump na quinta-feira, no qual ele teve uma performance confusa em vários momentos, levantamento da CBS/YouGov aponta que a principal razão para Biden deixar a corrida à Casa Branca é a sua idade, tema que ganhou destaque na campanha. Há um aumento de nove pontos percentuais dos que preferem que ele abandone a disputa na comparação com fevereiro. Apenas 27% acham que ele tem saúde mental e cognitiva para se manter no cargo. Entre os apoiadores do partido democrata, 45% afirmam que ele deveria desistir, um aumento de 10 pontos sobre o início do ano.
3. Steve Bannon começa a cumprir pena de prisão hoje. A Suprema Corte americana rejeitou na sexta-feira um novo recurso para anular a sentença de quatro meses de detenção emitida contra o ex-conselheiro de Donald Trump por desacato ao Congresso. Bannon se recusou a cumprir uma intimação para depor a um comitê que investigava o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. A última tentativa para o guru da extrema direita evitar a prisão a partir desta segunda-feira foi feita por vários deputados republicanos, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson, que acionaram a Suprema Corte para tentar anular a condenação. Bannon deverá se apresentar a um presídio do Connecticut.
4. Milhares de ultraortodoxos protestam em Jerusalém contra o alistamento obrigatório. Houve fortes confrontos com a polícia. A manifestação ocorre após a decisão histórica da Suprema Corte de Israel na semana passada que ordenou ao governo recrutar estudantes religiosos, até então isentos de obrigações militares, para o exército. O tribunal também decidiu que o governo deve parar de financiar escolas religiosas que não cumpram a determinação. A medida da Justiça aumentou as tensões na coalizão do premiê Benjamin Netanyahu, que depende de dois partidos ultraortodoxos para se manter no poder.
5. Baixo comparecimento às urnas nas eleições no Irã reflete pessimismo sobre possibilidades de mudanças. É o que afirma o The New York Times sobre o primeiro turno da votação na sexta, que teve abstenção recorde de 60%, a maior desde a Revolução Islâmica de 1979. Para o jornal americano, os eleitores sinalizaram seu descontentamento com o sistema de governo influenciado por líderes religiosos. A disputa final no dia 5 será entre Masud Pezeshkian - um ex-ministro da Saúde reformista que defende maior abertura com o Ocidente - que liderou o primeiro turno com 42,5% dos votos, e o ultraconservador Said Jalil, ex-negociador do programa nuclear iraniano, que obteve 38,6%, e poderá contar com o apoio do terceiro colocado, também ultraconservador.
Deu no Le Figaro: "Essa transformação da extrema direita que Macron não soube ver". O jornal conservador escreve que os resultados do primeiro turno das legislativas na França mostram que o Reunião Nacional de Marine Le Pen, mudou radicalmente em termos sociológicos, se tornando mais representativo da população francesa. Entre 2007 e 2017, nos mandatos de Nicolas Sarkozy e François Hollande, o partido de Le Pen ganhou dez pontos percentuais. Em sete anos de Macron, o RN avançou o dobro. O projeto fundador do centrista Macron era acabar com a polarização direita-esquerda que bloqueava o país. Em 2024, a França nunca esteve tão fraturada, diz o Figaro. Leia mais.
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