Kamala tem mais de 80% dos delegados necessários, diz levantamento
A vice-presidente Kamala Harris tem o apoio mais de mil delegados democratas, ou mais da metade dos delegados necessários para indicação de candidatura à Presidência dos Estados Unidos, segundo levantamento feito pela AP (Associated Press).
O que aconteceu
Apoio em massa ocorre um dia após a desistência de Joe Biden. Pelo menos 1.605 delegados disseram à agência ou anunciaram publicamente o seu apoio a Kamala Harris. Outros 87 estavam indecisos até a tarde desta segunda-feira (22).
Kamala precisa de 1.969 dos 3.936 delegados democratas. A campanha quer garantir a sua nomeação até a noite de quarta-feira (24). Para isso, ela terá de obter a maioria dos quase 4.000 delegados democratas na convenção do partido, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters. A convenção do partido, onde a candidatura da chapa democrata será oficializada, está programada para ser realizada de 19 a 22 de agosto em Chicago, no estado de Illinois (EUA).
O endosso dessa maioria simples é um importante passo para Kamala. Os apoios indicam que ela será a escolhida do partido para disputar contra o republicano Donald Trump as eleições presidenciais que serão realizadas em novembro.
Cercada por familiares e funcionários. A vice-presidente passou o seu domingo realizando inúmeras ligações para autoridades democratas para se movimentar politicamente e buscar apoio à sua candidatura, conforme relataram fontes à AP.
Quem é Kamala Harris?
A vice-presidente é filha de pai jamaicano e mãe indiana. Ela foi a primeira mulher, a primeira pessoa negra e a primeira pessoa de origem indiana a tomar posse como vice-presidente dos EUA.
Kamala Harris estudou ciências políticas, economia e direito. Ela foi aprovada no exame da Ordem dos Advogados em 1990 e iniciou sua carreira como promotora pública.
Ela se autodenominava a "melhor policial" da Califórnia. Kamala irritou parte da polícia com sua recusa em aplicar sentença de morte contra um acusado de matar um policial. Ao mesmo tempo, foi criticada por uma fraca atuação contra a corrupção nas forças policiais.
Harris subiu na hierarquia até se tornar procuradora-geral da Califórnia, em 2011. Ela foi a primeira mulher, negra e sul-asiática americana a ocupar o cargo.
O início da carreira política foi em 2015, quando concorreu ao Senado, com apoio de Joe Biden e do então presidente dos EUA, Barack Obama. Em 2017, se tornou a segunda mulher negra a tomar posse no Senado.
Em 2019, lançou campanha no partido Democrata para a sua indicação presidencial. À época, Biden foi seu oponente. Ela desistiu da disputa e apoiou Biden, que mais tarde a convidou para ser sua vice-presidente. A chapa foi eleita à Presidência dos EUA em novembro de 2020.
*Com informações da AFP e Reuters
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