Conteúdo publicado há 1 mês

Paquistanês é preso nos EUA suspeito de planejar assassinato de políticos

O paquistanês Asif Merchant, 46, foi preso nos EUA suspeito de planejar o assassinato de um político ou de funcionários do governo, divulgou o Departamento de Justiça nesta terça-feira (6). Segundo a imprensa norte-americana, Donald Trump seria um dos possíveis alvos.

O que aconteceu

Autoridades de diferentes espectros políticos estavam na lista de possíveis alvos, de acordo com a emissora ABC News.

Merchant tem "laços estreitos" com o Irã, disse o diretor do FBI, Christopher Wray. "Um plano estrangeiro para matar um funcionário público, ou qualquer cidadão dos EUA, é uma ameaça à nossa segurança nacional e será enfrentado com todo o poder e recursos do FBI."

O paquistanês teria chegado aos EUA em abril, após passar um tempo no Irã. A investigação aponta que ele contatou uma pessoa para ajudá-lo no planejamento do assassinato, mas esse possível parceiro denunciou a ideia para autoridades policiais e se tornou um agente disfarçado.

Merchant teria dito ao suposto parceiro que ofereceria trabalhos para ele mais de uma vez e fez um sinal de "arma" com os dedos, indicando que a conversa teria relação com assassinato. Segundo o Departamento de Justiça, o paquistanês, então, pediu para o contato localizar outras pessoas interessadas em participar do plano.

O planejamento continha as seguintes etapas: roubar documentos da casa de um alvo; planejar um protesto; e matar um político ou funcionário do governo.

O assassinato ocorreria quando Merchant já estivesse fora dos EUA. O paquistanês se comunicaria com os parceiros do crime usando palavras-código.

Encontro em Nova York

Em junho, Asif Merchant se encontrou com os supostos assassinos em Nova York, que eram, na verdade, agentes disfarçados. Eles receberiam instruções sobre quem matar na última semana de agosto ou na primeira de setembro, quando o paquistanês já teria deixado os EUA.

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O Departamento de Justiça diz que, dias depois, o suspeito entregou US$ 5 mil (cerca de R$ 28,2 mil) aos supostos parceiros como adiantamento. Merchant teria contado com a ajuda financeira de uma outra pessoa, no exterior.

O paquistanês foi preso em 12 de julho, quando já planejava deixar os EUA. O suspeito disse à polícia que esposa e filhos tanto no Irã, quanto no Paquistão.

Merchant foi detido um dia antes do comício onde Donald Trump sofreu um atentado, na Pensilvânia. Os investigadores disseram que não encontraram nenhuma relação entre agentes estrangeiros e Thomas Crooks, jovem que tentou matar o candidato republicano.

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